quinta, 18 de abril de 2024
Prévia

Fique por dentro das 5 principais notícias do mercado desta sexta-feira (30)

Aqui está o que você precisa saber sobre os mercados financeiros nesta sexta-feira, 30 de julho

30 julho 2021 - 09h40Por Investing.com
 - Crédito: Christian Wiediger via Unsplash

Por Geoffrey Smith e Ana Julia Mezzadri, da Investing.com - Os futuros de ações caem à medida que a desaceleração do crescimento das vendas da Amazon (NASDAQ:AMZN) mina a narrativa das ações em crescimento.

Os mercados de ações chineses se revertem após novas medidas regulatórias e problemas com incorporadores imobiliários superalavancados.

Os dados de gastos de consumo nos EUA serão divulgados e podem dar sinais de inflação.

A zona do euro cresceu mais rápido do que o esperado com a reabertura do continente na primavera.

No Brasil, o mercado deve repercutir as falas de Bolsonaro em sua live de quinta-feira, em que o presidente citou notícias falsas e admitiu não ter provas sobre a acusação de fraude eleitoral.

Devem repercutir ainda os balanços do segundo trimestre, como os de Fleury (SA:FLRY3), Usiminas (SA:USIM5), Isa Cteep (TRPL4), Localiza (SA:RENT3) e Ecorodovias (SA:ECOR3).

No lado das commodities, aguarda-se os impactos da geada da última noite, intensificando as perdas da onda de frio da semana passada.

Aqui está o que você precisa saber sobre os mercados financeiros na sexta-feira, 30 de julho:

1. Preocupação com Amazon derruba índices futuros dos EUA
As ações da Amazon caíram drasticamente no pré-mercado, acima de 6%, após sinais de que o impulso impulsionado pela pandemia em seu principal negócio de comércio eletrônico está desaparecendo.

A empresa disse que o crescimento das vendas líquidas caiu de 44% no primeiro trimestre para 27% com relação ao ano anterior, apesar do grupo antecipar seu dia especial de ofertas - o Prime Day - do terceiro para o segundo trimestre. O crescimento das vendas desde então foi de apenas 15%, disse o CFO Brian Olsavsky, citado pela Reuters.

Isso significa que três das cinco ações da empresas de tecnologia megacapitalizadas enfraqueceram este ano após suas atualizações trimestrais (Apple (NASDAQ:AAPL) (SA:AAPL34) e Facebook (NASDAQ:FB) (SA:FBOK34) sendo as outras duas).

Além disso, as ações do Pinterest (NYSE:PINS) caíam mais de 20% no pré-mercado depois ter a recomendação rebaixada após um relatório trimestral decepcionante.

Esse números abaixo da expectativa derrubam os principais índices futuros de Nova York no pré-mercado. Às 08h58, os futuros do Nasdaq caíam 1,11%, enquanto os futuros do S&P 500 e os futuros do Dow Jones recuavam respectivamente 0,32% e 0,69%.

Já o EWZ, ETF que é o termômetro das ações brasileiras em Wall Street, caía 0,5% na pré-abertura.

Hoje é dia de saber os resultados do segundo trimestre das seguintes empresas: Exxon Mobil (NYSE:XOM) e Chevron (NYSE:CVX), Berkshire Hathaway (NYSE:BRKa), Caterpillar (NYSE:CAT) e AbbVie (NYSE:ABBV), entre outros.

Também em foco estarão as ações da Robinhood (NASDAQ:HOOD), após uma fraca estreia na quinta-feira, e da Procter & Gamble (NYSE:PG), cujo CEO está deixando o cargo.

Nos indicadores econômicos, os investidores estarão atentos ao índice para o segundo trimestre das despesas pessoais do consumidor, amplamente visto como a medida de inflação preferida do Federal Reserve.

O mercado vai verificar se números estão acima das expectativas, mesmo com o crescimento do PIB menor que o esperado. Espera-se que o núcleo do índice de preços do PCE tenha aumentado 0,6% em junho e acelerado para uma taxa anual de 3,7%, que seria a maior em quase 30 anos.

2. Política e temporada de balanços no Brasil
No Brasil, devem repercutir hoje os últimos balanços. Fleury reportou lucro de R$ 65,5 milhões; a Isa Cteep teve queda de 73% no resultado devido à revisão tarifária; a Localiza lucrou R$ 447,9 milhões; e a Ecorodovias, R$ 127,4 milhões.

Na frente política, o foco estará sobre a repercussão da live do presidente Jair Bolsonaro na noite de quinta-feira, em que o presidente citou notícias falsas e admitiu não ter provas sobre a acusação de fraude eleitoral. Segundo matéria publicada pela Folha de S.Paulo, especialistas veem possível crime de responsabilidade nas falas de Jair Bolsonaro.

Outro destaque é a discussão sobre o novo Bolsa Família, com destaque para a notícia de que o Tesouro reviu para cima o espaço no teto de gastos para 2022 para entre R$ 25 bilhões e R$ 30 bilhões, o que permitiria a reformulação do programa em um modelo de R$ 300 a 17 milhões de beneficiários.

No calendário econômico, a taxa de desemprego foi divulgada nesta manhã pelo IBGE, com uma redução de 14,7% para 14,6% para o trimestre encerrado em maio.

3. Mercados chineses caem novamente
O salto do mercado de ações da China não durou muito. O índice Hang Seng de Hong Kong caiu 1,3%, e os índices do continente caíram 0,5% e 2,3%, devido a uma combinação de fatores que reanimaram as preocupações existentes.

Os reguladores emitiram um alerta de alto nível para erradicar a 'ilegalidade' de aplicativos de carona, um movimento interpretado como um novo ataque ao campeão nacional Didi Global (NYSE:DIDI). Os ADRs de Didi despencavam 5,07% no pré-mercado em Wall Street.

Além disso, as ações do China Evergrande Group (OTC:EGRNY) caíram 11%, para novas mínimas recordes, depois que um tribunal congelou os ativos dos imóveis altamente endividados da subsidiária onshore listada pela empresa.

Os títulos do grupo também despencaram, com efeitos colaterais para os títulos de outras empresas do setor.

O sentimento do mercado em Hong Kong também foi atingido por uma sentença de nove anos proferida a um manifestante pró-democracia sob a nova lei de segurança da cidade, uma medida visível de quão completamente Pequim deseja afirmar seu controle sobre o território.

4. A reabertura de primavera da zona do euro foi melhor do que o esperado
A economia da zona do euro cresceu mais rapidamente do que o esperado no segundo trimestre, com surpresas positivas na França, Espanha e, especialmente, Itália compensando uma ligeira decepção na Alemanha.

O Eurostat disse que o PIB cresceu 2% em relação ao trimestre anterior, algo que se traduz em um crescimento anualizado maior do que os 6,5% dos EUA. Os números refletem, entre outras coisas, o fato de que a reabertura da economia por vacinação começou mais tarde na Europa do que nos EUA.

A inflação da zona do euro também superou as expectativas em junho, subindo 2,2%, mas o Banco Central Europeu declarou repetidamente sua intenção de analisar o que espera ser um aumento de preço de curto prazo.

Em outros lugares da Europa, as ações da Unicredit (MI: CRDI) subiam mais de 5% após anunciar os detalhes de um negócio para comprar o antigo banco problemático do país, Monte dei Paschi di Siena.

O Unicredit disse que o negócio não afetará seus níveis de capital nem o exporá aos riscos legados do banco atormentado por escândalos.

5. Petróleo em queda com temores sobre crescimento
Os preços do petróleo caíram de suas máxima devido a novos temores sobre a força das economias dos EUA e da China, mas ainda devem ter um segundo ganho semanal consecutivo.

Às 09h13, os contratos futuros do petróleo WTI caíam 0,14%, a US$ 73,52 o barril, enquanto os futuros do Brent recuavam 0,15%, para US$ 75,00.

A contagem de plataformas de petróleo nos EUA pela Baker Hughes e o relatório da Commodity Futures Trading Commission sobre os contratos dos investidores completam os dados da semana no final do dia.