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Veja o que está movimentando os mercados nesta segunda-feira, 21 de junho

21 junho 2021 - 09h08Por Investing.com

Por Peter Nurse e Ana Carolina Siedschlag, da Investing.com - Semana decisiva para a privatização da Eletrobras, enquanto o Brasil atinge a tenebrosa marca de 500 mil mortos pela Covid-19, com a primeira dose da vacinação atingindo apenas 11% da população do país.

Lá fora, as fusões e aquisições europeias estão em pleno andamento e os títulos franceses reagem positivamente aos resultados das últimas eleições.

Por outro lado, o Bitcoin recuou para menos de US$ 33.000.

Veja o que está movimentando os mercados na segunda-feira, 21 de junho.

1. 500 mil mortos por Covid-19; semana decisiva da MP da Eletrobras
O Brasil registrou neste sábado 2.301 novos óbitos em decorrência da Covid-19, o que eleva o total de vítimas fatais da doença no país a 500.800, informou o Ministério da Saúde.

A aceleração da pandemia no Brasil, que mantém o país como o segundo no mundo com maior número de vítimas fatais da Covid atrás apenas dos Estados Unidos, ocorre à medida em que se inicia o inverno, época de elevação da incidência de infecções respiratórias, e em meio a temores sobre novas cepas.

Ao mesmo tempo, os primeiros efeitos da vacinação sobre a trajetória geral da doença não são esperados para antes de setembro e, mais provavelmente, apenas no último trimestre do ano.

O quadro negativo proporcionado pela Covid-19, ainda com uma CPI em andamento no Senado para investigar responsáveis por erros na condução da pandemia, não atrapalha o andamento da Medida Provisória (MP) que aprova a privatização da Eletrobras (SA:ELET3). Está marcada para esta segunda-feira a votação da MP no plenário da Câmara, dia atípico de trabalhos na Casa. Tudo para que a aprovação ocorra até amanhã, quando vence o texto e MP perde a validade, já que cada MP tem duração de validade por 90 dias.

A oposição, segundo o jornal Correio Braziliense, busca impedir o avanço da votação até a perda de validade. Por outro lado, caso o texto seja aprovado, há risco de judicialização, com a oposição afirmando ir ao Supremo Tribunal Federal (STF) para barrar a proposta, alegando que vendas de ativos estatais devem ser por meio de Projeto de Lei, e não Medida Provisória.

No calendário econômico da semana, estão no radar dos investidores a ata do Copom amanhã, dados de emprego com carteira assinada do Caged na quinta e o IPCA-15 na sexta-feira.

2. Fusões e aquisições europeias em pleno andamento
As fusões e aquisições globais estão em alta, ajudadas por baixas taxas de juros, ações perto de níveis recordes e setores que receberam um impulso com a pandemia de Covid-19. Os EUA viram a maior parte dos negócios, mas a Europa parece ser o próximo local a se destacar.

No início deste mês, os números do provedor de dados Refinitiv mostraram que a atividade de fusões e aquisições globais atingiu um recorde pelo terceiro mês consecutivo em maio, enquanto o valor total de negócios pendentes e concluídos anunciados do período de janeiro a maio atingiu US$ 2,4 trilhões, o maior patamar histórico.

Essas negociações devem continuar com o decorrer do ano, com a WM Morrison Supermarkets (LON:MRW), a quarta maior rede de supermercados do Reino Unido em vendas, rejeitando oferta pela empresa, no fim de semana, em dinheiro proposto de 5,5 bilhões de libras (US$ 7,6 bilhões), da empresa americana de private equity Clayton, Dubilier & Rice.

Enquanto isso, as ações americanas abrem em alta na segunda-feira, recuperando-se após as quedas da semana passada.

Às 8h50, os futuros do Dow Jones, do S&P 500 e do Nasdaq 100 subiam 0,51%, 0,34% e 0,21%, respectivamente. O EWZ, fundo de índice que replica o Ibovespa em Wall Street, tinha queda de 0,35% na pré-abertura.

A lista de dados econômicos está praticamente vazia. Com isso, os investidores vão voltar a atenção para uma série de falas de dirigentes do Fed, enquanto eles tentam amenizar as preocupações que surgiram após a reunião do banco central da semana passada.

3. Títulos franceses impulsionados pelo fraco desempenho de Le Pen
A decisão do Federal Reserve na semana passada de adotar uma postura mais agressiva após o aumento da inflação nos EUA resultou na queda dos rendimentos dos títulos de longo prazo em todo o mundo, mas a dívida francesa recebeu um impulso adicional com os resultados das eleições regionais do fim de semana.

Às 8h52, o título de dez anos da dívida francesa rendeu 0,14%, depois de cair anteriormente para 0,13%, abaixo dos 0,20% da semana passada. Os rendimentos dos títulos se movem inversamente com os preços.

Ajudando nessa mudança estava o fraco desempenho da extrema direita francesa nas eleições regionais de domingo, com o partido Rassemblement National de Marine Le Pen caindo mais de 7 pontos percentuais em todo o país em comparação com a última eleição em 2015.

Le Pen concorreu às eleições presidenciais de 2017 em uma campanha que defendia a retirada da França do euro e da União Europeia, perdendo para o atual presidente do país, Emmanuel Macron. Ela respondeu a essa derrota refreando o euroceticismo, mas os investidores parecem desconfiar de suas intenções, especialmente quando a União Europeia acaba de concordar com um fundo de recuperação apoiado em conjunto para combater a pandemia do coronavírus.

4. Bitcoin carece de amor chinês
O Bitcoin, a maior criptomoeda por capitalização de mercado, está mais uma vez sob pressão devido a novos relatórios da China reprimindo a mineração da moeda digital.

Às 8h54, o Bitcoin foi negociado com queda de 3,87% a US$ 32.608, pela primeira vez abaixo de US$ 33.000 desde 8 de junho, e muito longe de seu recorde de pouco menos de US$ 65.000 visto em abril.

Isto segue uma reportagem do Global Times, um jornal apoiado pelo Partido Comunista da China, que afirmou que as autoridades da província de Sichuan, no sudoeste, ordenaram o fechamento de projetos de mineração de criptomoedas. A China é responsável por mais da metade da produção global de bitcoin, enquanto Sichuan é uma província importante na indústria chinesa.

Além disso, o Banco Agrícola da China (OTC: {38111|ACGBF}}), o terceiro maior banco do país, anunciou neta segunda-feira que estava seguindo as orientações do banco central e proibindo o uso de seus serviços para transações de criptomoeda.

O gráfico do Bitcoin agora mostra uma tendência de baixa, de acordo com Alyssa Wisein, analista da CoinQuora, e a criptomoeda deve cair para menos de US$ 30.000.

5. Petróleo sobe após nomeação de novo presidente iraniano
Os preços do petróleo subiam na segunda-feira, ajudados por uma pausa nas negociações nucleares iranianas, atrasando a retomada das exportações de petróleo do país do Golfo Pérsico para o mercado global.

Às 8h56, os futuros do WTI subiam 0,17% para US$ 71,42 o barril, enquanto os do Brent avançavam 0,1% para US$ 73,58.

Ambos os preços de referência registraram fortes ganhos este ano, mais de 40% no acumulado, uma vez que programas de vacinação bem-sucedidos resultaram na reabertura de suas economias em muitos países consumidores de alta energia, antes da temporada de férias de verão.

Na semana passada, o Brent registrou o preço mais alto desde abril de 2019 e o WTI o mais alto desde outubro de 2018.

Este tom positivo foi ajudado na segunda-feira pelo adiamento das negociações entre Teerã e as potências ocidentais, e os EUA em particular, sobre a retomada do acordo nuclear de 2015 após a eleição do juiz linha-dura Ebrahim Raisi como o novo presidente do Irã.

Esse resultado pode atrasar qualquer acordo, já que Raisi está na lista de sanções dos EUA por abusos de direitos humanos e Teerã insiste que as penalidades devem ser removidas se o pacto nuclear for revivido.