quinta, 28 de março de 2024
Prévia

Fique por dentro das 5 principais notícias do mercado desta sexta-feira (18)

Veja o que está movimentando os mercados nesta sexta-feira, 18 de junho

18 junho 2021 - 09h22Por Investing.com

Por Peter Nurse e Ana Carolina Siedschlag, da Investing.com - O Senado brasileiro aprovou a MP da privatização da Eletrobras (SA:ELET3), mesmo recheada de "jabutis".

A libra esterlina está sob pressão com o aumento dos casos de uma nova variante da Covid-19 no Reino Unido, enquanto as ações dos EUA sobem no que tem sido uma semana difícil.

Com petróleo e libra em queda, o Bitcoin luta para avançar.

Veja o que está movimentando os mercados nesta sexta-feira, 18 de junho.

1. Senado aprova MP da Eletrobras
O Senado aprovou ontem a medida MP que viabiliza a privatização da Eletrobras com 42 votos favoráveis e 37 contrários. Por ter sofrido alterações em relação ao que foi aprovado na Câmara dos Deputados, em maio, o texto volta para nova apreciação dos deputados.

Trechos incluídos na Câmara, consideradas matérias estranhas à MP original, foram mantidas no relatório do senador Marcos Rogério (DEM-RO). Dentre eles está o dispositivo que obriga o governo federal a contratar, por 15 anos, energia gerada por usinas termelétricas para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

O relator adicionou à lista a região do Triângulo Mineiro. A energia termelétrica é mais cara e isso provocou divergências mesmo entre senadores favoráveis à política de privatização de estatais.

Alguns senadores defenderam que a contratação de energia de termelétricas vai encarecer a conta de luz do brasileiro. “Toda essa cota vai operar a uma tarifa maior do que a do leilão. Portanto, a tarifa vai subir, mesmo que na conta de desenvolvimento energético sejam colocados alguns bilhões lá. A conta de luz vai subir. Essa é a realidade dessa MP”, argumentou Jean Paul Prates (PT-RN).

O senador Marcos Rogério também manteve pontos que regulam leilões de energia e dispõem sobre obrigações das empresas estatais que precisarão ser criadas para a administração da usina de Itaipu e do setor de energia nuclear, que, por determinação constitucional, devem ficar sob controle da União.

2. Libra esterlina sob pressão
As vibrações positivas em torno da libra esterlina estão começando a desaparecer à medida que um aumento nos casos de coronavírus está atingindo o otimismo que saudou o programa de vacinação bem-sucedido do Reino Unido.

A libra caía 0,27% em relação ao dólar americano às 09h07 na sexta-feira, para US$ 1,3881, o nível mais baixo desde o início de maio, e caindo 1,6% desde a reunião do Federal Reserve na quarta-feira.

O país registrou mais de 11.000 novos casos de Covid-19 na quinta-feira, o maior número desde 19 de fevereiro, apesar de o país ter vacinado mais de 42 milhões de pessoas, ou cerca de 80% da população adulta, com ao menos uma dose, e mais de 30 milhões com duas.

O problema tem sido o surgimento da variante Delta do coronavírus, descoberta pela primeira vez na Índia, que dobra o risco de hospitalização em comparação com a variante anteriormente dominante na Grã-Bretanha, de acordo com um estudo escocês.

Este aumento já convenceu o primeiro-ministro Boris Johnson a atrasar a reabertura total da economia do país por um mês, enquanto as vendas no varejo caíram inesperadamente em 1,4% entre abril e maio.

3. Ações recuavam antes de vencimento triplo
As ações dos EUA devem abrir ligeiramente em alta na sexta-feira, mas em grande parte parecem definidas para uma semana de derrotas na esteira da mudança de postura do Federal Reserve.

Às 9h08, os futuros do Dow Jones, do S&P 500 e do Nasdaq 100 recuavam respectivamente 0,58%, 0,45% e 0,22%. O EWZ, fundo de índice que replica o Ibovespa em Wall Street, tinha alta de 0,82% na pré-abertura.

A decisão do Fed de apontar para aumentos das taxas de juros em 2023, um ano antes do esperado, tirou o brilho de grande parte dos mercados de ações, já que os investidores têm que começar a se ajustar à realidade sem as condições de financiamento muito fáceis.

Com a agenda de indicadores esvaziada, o destaque de hoje é o vencimento triplo nos EUA, com opções e futuros sobre índices e ações prestes a expirar, o que pode levar a um dia de negociação volátil. Por aqui, é dia de vencimento de opções sobre ações.

4. Visões diferentes de Bitcoin
No início desta semana, o gigante bancário de Wall Street Goldman Sachs (NYSE:GS) (SA:GSGI34) divulgou um relatório que afirmava que as criptomoedas não são um "investimento viável", concluindo que o Bitcoin não é "uma reserva de valor de longo prazo ou uma classe de ativos para investimento".

Essa é a visão de muitos, incluindo o governador do Banco da Inglaterra, Andrew Bailey, que alertou no início desta semana sobre a volatilidade das moedas digitais.

No entanto, essa visão contradiz um relatório do mesmo banco de investimento, publicado em maio, que incluía a linha - "Bitcoin agora é considerado um ativo investível".

É provavelmente justo dizer que a maioria dos gestores de investimento concorda com o primeiro ponto de vista. A Pesquisa Global de Gestores de Fundos do Bank of America de junho, divulgada esta semana, revelou que 81% dos gestores de fundos continuam a acreditar que o Bitcoin ainda está em um estado de bolha.

Além disso, o Danske Bank disse na sexta-feira que manterá uma proibição impedindo a negociação de Bitcoin e outras criptomoedas em suas plataformas, acrescentando que revisaria sua posição novamente assim que o mercado de criptomoedas "amadurecer e for regulamentado".

5. Preços de petróleo caem
Os preços do petróleo enfraqueceram ainda mais nesta sexta-feira (18), continuando a cair na esteira de um dólar mais forte após a reunião do Federal Reserve, mas permanecem próximos às máximas de vários anos.

Às 9h13, os futuros do WTI caíam 0,97% para US$ 70,35 o barril, enquanto os do Brent recuavam 0,99% para US$ 72,36.

O dólar americano tem sido um dos principais beneficiários da mudança de tom do Federal Reserve, apontando para dois aumentos nas taxas de juros em 2023, um ano antes do esperado.

O índice do dólar americano, que acompanha o dólar contra uma cesta de seis outras moedas, atingiu uma alta de mais de dois meses na sexta-feira, e está a caminho de um ganho semanal de 1,5%, o maior desde setembro.

Isso teve um impacto no mercado de petróleo, já que um dólar mais forte torna o petróleo precificado na moeda dos EUA mais caro em outras moedas, potencialmente pesando na demanda. Dito isso, as perdas foram limitadas e os dois contratos de petróleo de referência permanecem perto das máximas plurianuais, ainda em curso para terminar a semana praticamente inalterado.