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Aqui está o que está movimentando os mercados na segunda-feira, 24 de maio

24 maio 2021 - 09h04Por Investing.com

Por Peter Nurse e Ana Carolina Siedschlag, da Investing.com - Marfrig se movimenta para comprar a rival BRF. Os títulos da dívida da Bielorrúsia despencam após o governo do país forçar um avião civil a desviar a rota para a capital Minsk, enquanto as ações dos EUA, o petróleo e o bitcoin sobem.

A Virgin Galactic pode estar em foco depois que a empresa de turismo espacial completou com sucesso o primeiro voo em mais de dois anos.

Aqui está o que está movimentando os mercados na segunda-feira, 24 de maio.

1. Marfrig se movimenta para comprar BRF
A processadora de carnes Marfrig (SA:MRFG3) confirmou na última sexta-feira (21) ter comprado cerca de 24,23% no capital da empresa de alimentos BRF (SA:BRFS3), e disse que a operação "visa diversificar os investimentos" do grupo.

Em comunicados, Marfrig e BRF confirmaram as transações, que haviam sido divulgadas antes na imprensa. O negócio somou 196,68 milhões de papéis, comprados via opções e leilões em bolsa.

O movimento da Marfrig evidencia a força da divisão da empresa na América do Norte, onde a demanda tem sido forte e os preços do gado, relativamente baixos. Isso impulsionou o preço das ações da empresa em relação às da BRF, cujas margens foram comprimidas pela maior dependência do Brasil.

Os ativos das empresas têm complementaridade, dado o foco da Marfrig em bovinos e da BRF, em aves e suínos. As duas competem com a rival e líder de mercado JBS (SA:JBSS3), que tem uma base de produção diversificada que inclui vendas de alimentos processados e três tipos de proteínas.

2. Bielorrússia provoca turbulência na aviação, queda de títulos
A aviação global estava em alvoroço nesta segunda-feira (24) após a decisão das autoridades bielorrussas de forçar um avião da Ryanair (NASDAQ:RYAAY) a pousar no domingo na capital do país, Minsk, a fim de deter Roman Protasevich, jornalista de oposição que estava a bordo da aeronave.

O governo bielorruso sinalizou um falso alerta de bomba para forçar o avião, que voava de Atenas para a Lituânia, a desviar a rota.

A Organização de Aviação Civil Internacional da ONU disse que o incidente viola o tratado de aviação central, enquanto a Associação de Transporte Aéreo Internacional condenou a ação, pedindo "uma investigação completa pelas autoridades internacionais competentes".

O movimento deve dominar a agenda de um jantar de cúpula da União Europeia na segunda-feira. No entanto, é discutível quais ações podem ser tomadas para registrar a reprovação. Os EUA, juntamente com a UE, Reino Unido e Canadá, já impuseram o congelamento de ativos e proibições de viagens a quase 90 autoridades bielorrussas, incluindo o presidente Alexander Lukashenko, após uma eleição de agosto que as potências ocidentais dizem ter sido fraudada.

Os títulos soberanos da Bielorrússia denominados em dólares caíram na segunda-feira, com os spreads sobre os títulos do Tesouro dos EUA aumentando de 37 pontos-base para 603 pontos-base na sexta.

3. Ações devem abrir em alta; Virgin Galactic decola
As ações americanas devem começar a semana em alta após as sessões voláteis da semana passada, à medida que os investidores continuam avaliando os méritos relativos das ações de valor e crescimento em meio à vacinação e a reabertura da economia.

Às 8h52, os futuros do Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq 100 subiam respectivamente 0,33%, 0,46% e 0,63%.

Wall Street passou por grandes oscilações na semana passada, resultando na quarta semana negativa em cinco do Dow Jones Industrial Average, enquanto o S&P 500 registrou duas semanas consecutivas de perdas pela primeira vez desde fevereiro. O Nasdaq Composite, entretanto, apresentou um pequeno ganho na semana passada, quebrando uma sequência de queda de quatro semanas.

A temporada de balanços está diminuindo gradualmente nesta semana. Longe dos resultados, a Virgin Galactic (NYSE:SPCE) pode ficar em foco após a empresa concluir com sucesso o primeiro voo espacial em mais de dois anos no sábado, aproximando-se da meta de longo prazo de estabelecer o turismo espacial.

4. Bitcoin salta; sentimento ainda fraco
O Bitcoin, a maior criptomoeda do mundo, avançou na segunda-feira, recuperando um pouco do terreno perdido, mas o sentimento em torno da queridinha da comunidade continua fraco.

A moeda digital subia 6,69%, para US$ 36.573, ainda quase 50% abaixo do maior recorde de pouco menos de US$ 65.000 em meados de abril. A moeda chegou a cair até 17% no domingo.

Dada esta volatilidade, o mercado seguirá de perto um discurso da governadora do Fed, Lael Brainard, sobre moedas digitais no Consenso virtual pela Conferência CoinDesk na segunda-feira.

As criptomoedas, e o bitcoin em particular, foram atingidas quando as autoridades na China e nos EUA mudaram para apertar a regulamentação e conformidade tributária.

Além disso, o ex-defensor da moeda, Elon Musk, suspendeu o uso de bitcoin como método de pagamento na venda de veículos da Tesla (NASDAQ:TSLA) (SA:TSLA34), citando preocupações sobre o impacto da mineração no meio ambiente.

O Bitcoin pode encontrar suporte no nível de US$ 27.000 a US$ 28.000, de acordo com um analista do ethereumworldnews.com, mas se não se recuperar das atuais quedas do mercado, pode ser o sinal do início de um mercado baixista.

5. G-7 perto de acordo tributário corporativo global
O Grupo dos Sete países mais ricos do mundo está perto de chegar a um acordo sobre a tributação das empresas multinacionais, relatou o Financial Times na segunda-feira.

Isso segue a oferta do Departamento do Tesouro dos EUA na semana passada de aceitar um imposto corporativo mínimo global de pelo menos 15% durante as negociações internacionais, uma taxa significativamente abaixo do mínimo proposto de 21% para empresas multinacionais dos EUA.

França, Alemanha e Itália disseram que a nova proposta era uma boa base para fechar um acordo internacional, mesmo que ainda esteja bem acima das taxas mínimas de imposto usadas por países europeus como Irlanda e Luxemburgo.

Um acordo entre as sete principais nações avançadas pode abrir caminho para um acordo global no final do ano, com quase 140 países buscando chegar a um amplo acordo para reformular as regras de tributação de grupos multinacionais e grandes empresas de tecnologia, como a Alphabet (NASDAQ:GOOGL) (SA:GOGL34) e Facebook (NASDAQ:FB) (SA:FBOK34).