Evergrande - Crédito: ReutersO cancelamento na última hora de uma reestruturação que afeta mais de US$ 19 bilhões de suas obrigações internacionais pode levar Evergrande a um colapso confuso e ter “um efeito catastrófico” em empresas em dificuldades no setor, disse um grupo de investidores.
De acordo com uma reportagem de Frances Yoon e Rebeca Feng para o Wall Street Journal, esse grupo havia levantado dúvidas sobre o quanto a empresa tinha tentado ganhar o apoio dos reguladores e questionou por que razão lhes tinha assegurado repetidamente que o negócio tinha sido aprovado.
O grupo alega que, a menos que a incorporadora convença os reguladores a permitir que o acordo avance, o mesmo vai estar em vias de ser encerrado em uma audiência em 30 de outubro.
“Isto provavelmente levará ao colapso descontrolado do grupo”, escreveram os investidores, que detêm mais de US$ 6 bilhões em obrigações da Evergrande em termos nocionais.
Evergrande não respondeu a um pedido de comentário do veículo.
Um colapso confuso da Evergrande teria ramificações para mais do que apenas os detentores de títulos.
Quando a empresa entrou em incumprimento no final de 2021, era a incorporadora imobiliária mais endividada da China. A construtora deve dinheiro a milhares de fornecedores e está prestes a entregar centenas de milhares de casas inacabadas.
Evergrande tinha o equivalente a mais de US$ 332 bilhões em passivos até junho, que incluíam dinheiro devido a fornecedores, projetos inacabados e as suas obrigações de títulos e empréstimos.
O plano de reestruturação abandonado cobria cerca de US$ 35 bilhões que devia aos credores, inclusive juros acumulados, segundo uma pessoa familiarizada com o assunto.
As informações são de Wall Street Journal.