sexta, 26 de abril de 2024
Declaração

Evans, do Fed, diz que economia está "perto" de atingir condições para redução de estímulo

Fala do presidente do banco central norte-americano de Chicago foi feita nesta segunda

27 setembro 2021 - 09h45Por Reuters
Presidente do Fed de Chicago, Charles EvansPresidente do Fed de Chicago, Charles Evans - Crédito: Reuters/Edgard Garrido

Por Lindsay Dunsmuir, da Reuters - A economia dos Estados Unidos está perto de atingir as condições do Federal Reserve para começar a reduzir seu programa de compras de títulos e conseguirá isso mais cedo se os ganhos de emprego continuarem, disse nesta segunda-feira o presidente do Fed de Chicago, Charles Evans, a mais nova autoridade a apoiar a saída do banco central de suas políticas da crise.

"Vejo a economia perto de atingir o padrão de 'mais progresso substancial' que adotamos em dezembro", disse Evans em declarações preparadas para a conferência anual da National Association for Business Economics.

"Se o fluxo de melhora do emprego continuar, parece provável que essas condições sejam atingidas em breve e que a redução possa começar."

Evans havia dito anteriormente apenas que esperava em algum momento este ano a redução das atuais compras mensais de 120 bilhões de dólares do Fed, que têm o objetivo de reduzir os juros de longo prazo.

Na quarta-feira passada, o chair do Fed, Jerome Powell, sinalizou que o banco central norte-americano deverá começar a reduzir o estímulo já em novembro depois de dizer após a reunião de política monetária, na qual o Fed manteve os juros perto de zero, que a economia estava a um relatório de emprego "decente" de atingir as condições. O próximo relatório será divulgado em 8 de outubro.

Desde então, duas autoridades do Fed, as presidentes do Fed de Cleveland, Loretta Mester, e de Kansas City, Esther George, disseram que veem a economia já em forma suficiente para que o banco central comece a retirar o suporte.

Mas diferente de alguns de seus colegas, Evans permanece inabalável em sua visão de que a atual inflação acima do esperado não exige um aumento iminente dos juros conforme a redução de estímulo for finalizada.

"Estou mais preocupado por não gerarmos inflação suficiente em 2023 e 2024 do que com a possibilidade de vivermos com (inflação) demais", disse Evans ao argumentar que as questões do lado da oferta que provocaram salto da inflação vão se dissipar ao longo do próximo ano.