terça, 23 de abril de 2024
Moeda norte-americana

Dólar diminui alta com perda de força dos yields dos Treasuries

O índice dólar, que mede o preço da moeda americana em relação a uma cesta de seis moedas de economias desenvolvidas, subiu 0,38% para 93,30, mas chegou 93,37

30 março 2021 - 19h01Por Investing.com

Por Yasin Ebrahim, da Investing.com - O dólar desistiu de continua sua alta na terça-feira, após atingir máxima de quatro meses. A perda de força da alta dos rendimentos dos títulos de dívida dos EUA contribuiu para menor ímpeto da moeda american, em um movimento que os analistas alertam que pode continuar.

O índice dólar, que mede o preço da moeda americana em relação a uma cesta de seis moedas de economias desenvolvidas, subiu 0,38% para 93,30, mas chegou 93,37.

"Nossos gráficos sugerem a manutenção de uma postura positiva sobre o dólar americano, mas devemos apertar os stops, já que o movimento de alta nos rendimentos dos títulos dos EUA pode perder impulso de alta em breve", diz relatório do Commerzbank em uma nota.

A perda de força do dólar vem com o movimento de realização de lucros dos investidores após os rendimentos dos títulos renovarem a máxima de 14 meses mais cedo.

"O rendimento do título de 10 anos se aproxima do retrocesso de 50% da descida de 2018-2020 emacima de 1,79%, que fica na área de resistência principal de 1,95% / 2,00%", acrescentou o Commerzbank.

Ainda assim, há algumas apostas de que a queda mais recente nos rendimentos é um sinal de reversão, já que os dados continuaram a apontar para a força subjacente da economia.

O índice de confiança do consumidor subiu para 109,7 em março, ante 90,4 em fevereiro, superando as previsões dos economistas de 96,9.

Em um sinal de retomada da recuperação econômica, as expectativas de inflação continuaram subindo - atingindo 6,7%, ante 6,5% anteriormente - e provavelmente continuarão avançando em meio à escassez de estoques.

"Embora esperemos que a inflação moderar no médio prazo, a história do estoque estará em jogo por mais vários meses", aponta relatório do Jefferies. "Os fabricantes não fizeram muito progresso no reabastecimento das prateleiras, e os recentes atrasos no envio pelo Canal de Suez também agravarão esses problemas."