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Destaques: Trump muda discurso e índices batem recorde

08 janeiro 2021 - 09h24Por Investing.com

Por Geoffrey Smith, da Investing.com - O presidente Donald Trump rejeitou a violência de seus apoiadores enquanto os democratas pedem sua remoção imediata do poder. O Payroll não-agrícola deve atingir o pior número desde maio, enquanto a Hyundai se antecipou ao anunciar negociações com a Apple sobre a fabricação de automóveis.

O Bitcoin chegava a US$ 40 mil, menos de um mês após atingir US$ 20 mil.

Aqui está o que você precisa saber sobre os mercados financeiros na sexta-feira, 8 de janeiro.

1. Trump muda discurso; Democratas pressionam pela saída antecipada

O presidente Donald Trump se voltou contra seus apoiadores, repudiando a ilegalidade e a violência da invasão do Capitólio na quarta-feira (6), que se seguiu diretamente a uma manifestação em que ele discursou no início do dia. Cinco pessoas, incluindo um policial, morreram durante o motim.

Políticos do Partido Democrata, incluindo o novo líder da maioria no Senado, Chuck Schumer, e a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, pediram a remoção imediata de Trump, ameaçando um novo processo de impeachment se o vice-presidente Mike Pence não invocar a 25ª Emenda para tirar Trump de seu cargo.

A ameaça parece praticamente vazia. Pence foi relatado por vários meios de comunicação como se opondo ao uso da 25ª Emenda, enquanto o impeachment ainda precisaria do apoio de 16 senadores republicanos.

2. Tudo sobe; cobre na máxima de oito anos

A ampla recuperação global dos ativos de risco continua, com as ações europeias e asiáticas seguindo a alta dos EUA e o cobre registrando uma nova alta de oito anos.

No entanto, o dólar foi corrigido para cima modestamente e os rendimentos dos títulos do Tesouro americano subiram para o o patamar mais alto em 11 meses depois que o presidente do Federal Reserve da Filadélfia, Patrick Harker, disse que o banco central americano pode pensar em reduzir as compras de títulos no final deste ano. Os comentários foram desmentidos posteriormente pela presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester. Nenhum deles é membro votante do Federal Open Markets Committee este ano, no entanto.

O índice do dólar subia 0,1% para 89,88 às 8h30, horário de Braília, enquanto o rendimento do Tesouro de 10 anos operava em 1,08%, tendo subido anteriormente para 1,10 %. Enquanto isso, o Bitcoin ultrapassou US$ 40.000 pela primeira vez, menos de um mês depois de atingir US$ 20.000 pela primeira vez.

3. Índices devem abrir em alta; Boeing sobe

Os índices americanos devem abrir em alta, ainda apoiados por expectativas de maiores gastos do governo e acomodação contínua do Fed.

Às 8h30, os Dow Jones futuros subiam 97 pontos, ou 0,3%, enquanto os S&P 500 futuros subia 0,4% e os futuros do Nasdaq Composite estavam em 0,5%.

As ações da Boeing (NYSE:BA) (SA:BOEI34) devem ganhar destaque, após a companhia declarar que levaria uma cobrança de US$ 2,5 bilhões contra os lucros para resolver as acusações de enganar as autoridades americanas sobre seu programa 737 MAX. A Apple ({{NASDAQ:AAPL) (SA:AAPL34) também fica no radar, após uma série de comunicados à imprensa da montadora sul-coreana Hyundai durante a noite anunciando estar em fase inicial de negociações com a americana sobre a possibilidade de fabricar um carro elétrico. No entanto, a empresa revisou a declaração duas vezes, removendo totalmente o fabricante do iPhone do lançamento. As ações da Hyundai subiram 19% em Seul.

4. Payroll no radar

O mercado de trabalho dos EUA provavelmente teve seu mês mais fraco desde o desastre da primavera em dezembro. Espera-se que a folha de pagamento não-agrícola tenha aumentado apenas 71.000 até meados do mês passado, à medida que as restrições ao setor de serviços se espalharam devido à pandemia de contratações em praticamente todos os lugares.

O risco é de uma surpresa negativa, dado que a processadora de folhas de pagamento, ADP, estimou que o emprego privado encolheu em 123.000 no período.

O governo divulgará os números às 10h30, horário de Brasília.

5. Petróleo em alta novamente

Os preços do petróleo bruto subiram novamente, atingindo os níveis mais altos desde meados de fevereiro, na confiança de que a ação unilateral da Arábia Saudita para equilibrar o mercado manterá os preços apoiados até que o pior do impacto sazonal da pandemia passe.

Por volta das 8h40, o preço do petróleo WTI, negociados em Nova York, subiam 1,3%, a US$ 51,52 o barril, enquanto os futuros do Brent avançavam 1,5%, a US$ 55,20 o barril, em Londres.