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Destaques: PEC Emergencial e reunião do BCE

11 março 2021 - 09h32Por Investing.com
monumentos_brasilia_cupula_plenario_da_camara_dos_deputados3103201341monumentos_brasilia_cupula_plenario_da_camara_dos_deputados3103201341 - Crédito: Marcelo Casal Jr./Agência Brasil

Por Geoffrey Smith e Ana Carolina Siedschlag, da Investing.com - Câmara de Deputados aprova em primeiro turno a versão desidratada da PEC Emergencial, enquanto, nos EUA, o Congresso passa o pacote de ajuda trilionário do governo Biden. O Tesouro americano finaliza a gigantesca venda de títulos dessa semana com um leilão de títulos de 30 anos, em um cenário bem menos estressado por conta de números mornos para a inflação.

Os pedidos de seguro-desemprego dos EUA saem às 10h30, enquanto o Banco Central Europeu divulga a decisão de política monetária, seguida de coletiva de imprensa da presidente Christine Lagarde.

Aqui está o que você precisa saber sobre os mercados financeiros na quinta-feira, 11 de março.

1. Câmara vota PEC Emergencial; Congresso americano aprova pacote

A Câmara dos Deputados concluiu na madrugada desta quinta-feira a votação em primeiro turno da PEC Emergencial, com alterações, caso da retirada de trecho que previa desvinculação de recursos da Receita em caso de crise fiscal. Os deputados ainda devem votar a PEC em um segundo turno, o que está previsto para acontecer nesta quinta.

Nos EUA, a Câmara dos Representantes concluiu a aprovação do pacote de US$ 1,9 trilhão em alívio econômico contra os efeitos da Covid-19, que deve ser sancionada hoje pelo presidente Joe Biden.

2. Ações em alta nos EUA e no Brasil

Com isso, perto das 9h19, o contrato Nasdaq 100 Futuros subia 1,62%, enquanto o S&P 500 Futuros e o Dow Jones Futuros avançavam respectivamente 0,3% e 0,64%.

Por aqui, o Ibovespa Futuros abriu em alta de 0,85%, enquanto o EWZ (NYSE:EWZ), principal ETF brasileiro negociado em Nova York, subia 2,72%.

As ações que provavelmente estarão em foco mais tarde nos EUA incluem American Airlines ({{NASDAQ:AAL) (SA:AALL34), na esteira da maior venda de dívida de uma companhia aérea, e Tesla (NASDAQ:TSLA) (SA:TSLA34), que supostamente aumentou os preços de alguns de seus modelos.

Por aqui, Eneva (SA:ENEV3) e Braskem (SA:BRKM5) devem refletir os balanços divulgados na véspera, enquanto o setor de siderurgia pode se recuperar dos recuos dessa semana após o minério de ferro voltar a subir na China.

3. Tesouro americano conclui gigantesca venda de títulos após pedidos de seguro-desemprego

A etapa final da gigantesca venda de títulos do Tesouro dos EUA ocorre às 15h, horário de Brasília, em um cenário muito mais fácil do que se temia no início da semana. O Tesouro vai leiloar títulos de 30 anos em um nível mais de 10 pontos-base abaixo do que o mercado estava negociando no início da semana.

Isso foi possível graças aos moderados dados de inflação de fevereiro, lançados na quarta-feira (10), que tranquilizaram muitos de que a temida retirada do estímulo monetário não é um problema por enquanto.

O único grande teste do sentimento do mercado de títulos deve ser os dados semanais de pedidos de seguro-desemprego, em que uma queda de 20.000 nos pedidos iniciais é esperada, para 725.000.

4. Lagarde anda na corda bamba na coletiva de imprensa do BCE

O Banco Central Europeu tem a reunião regular de política monetária em um momento em que a desvalorização do euro e a estabilidade dos mercados de títulos eliminaram qualquer pressão que pudesse ter sentido para agir.

Como tal, o foco do mercado provavelmente será na coletiva de imprensa da presidente Christine Lagarde, em que os jornalistas devem questionar o que seria necessário para o BCE mudar o ritmo de suas compras de títulos.

Dados divulgados na terça-feira mostraram que o BCE realmente intensificou as compras de títulos há duas semanas para conter o forte aumento nos rendimentos. No entanto, isso foi mascarado pelo alto volume de resgates no âmbito de um programa de compra de títulos de uma década atrás.

Provavelmente também haverá dúvidas se a virada para cima nas infecções por Covid-19 em alguns países da zona do euro representa um novo risco para uma economia que já está defasada em relação aos EUA e ao Reino Unido este ano devido ao lento progresso nas vacinações.

5. Petróleo ignora aviso russo; relatório da Opep no radar

Os preços do petróleo bruto subiram em linha com outros ativos de risco, puxados para cima pelo otimismo renovado nos mercados de ações dos EUA e da China (este último também elevou os preços dos metais básicos durante a noite).

O mercado ignorou os comentários do ministro do petróleo da Rússia, sugerindo um aumento maior na oferta da Opep e seus aliados, a fim de evitar a perda de participação de mercado para outros produtores (principalmente os EUA)

A Opep deve publicar seu relatório mensal sobre o mercado global de petróleo mais tarde, o que irá adicionar mais contexto às oscilações nos estoques dos EUA registradas nas últimas duas semanas. Os futuros do WTI subiam 1,12%, a US$ 65,16 o barril, enquanto os do Brent avançavam 1,25%, a US$ 68,75 o barril.