sábado, 20 de abril de 2024
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Destaques: Cúpula do Clima e seguro-desemprego nos EUA

Aqui está o que você precisa saber sobre os mercados financeiros na quinta-feira, 22 de abril

22 abril 2021 - 09h01Por Investing.com

Por Geoffrey Smith e Ana Carolina Siedschlag, da Investing.com - Os EUA estabelecem novos e ambiciosos compromissos climáticos antes da cúpula que marca o Dia da Terra, em que o presidente Jair Bolsonaro deve ser questionado sobre as políticas de meio ambiente de seu governo.

Os pedidos por seguro-desemprego americanos devem ter aumentado ligeiramente após a queda acentuada da semana passada. O Banco Central Europeu começa a reunião de política monetária, enquanto o petróleo cai para o nível mais baixo em uma semana com o agravamento da crise Covid-19 na Índia.

Aqui está o que você precisa saber sobre os mercados financeiros na quinta-feira, 22 de abril.

1. EUA fazem novas promessas climáticas antes da cúpula; mundo olha Bolsonaro

O governo dos EUA deve traçar planos para cortar as emissões de dióxido de carbono do país em 50% até o final da década, em relação aos níveis de 2005, em uma tentativa de retomar a liderança global da agenda ambiental após o governo amigo do carbono de Donald Trump.

O presidente Joe Biden reunirá 40 nações em uma cúpula de política climática para marcar o "Dia da Terra", com os presidentes russo e chinês também presentes.

As novas metas implicam um afastamento acelerado dos motores de combustão interna no transporte e a descarbonização do setor de geração de energia.

Será a primeira vez que o presidente Jair Bolsonaro ficará frente à frente com o presidente americano, em um tema que pode ser espinhoso na relação entre ambos os países.

O EWZ, principal ETF brasileiro negociado no exterior, caía 0,03% no pré-mercado em Nova York.

2. De olho no seguro-desemprego

A melhora no mercado de trabalho dos EUA pode ser sustentada? Os pedidos iniciais por seguro-desemprego caíram na semana passada para o nível mais baixo desde o início da pandemia, sugerindo que a torrente de demissões causada pela Covid-19 está finalmente diminuindo.

Os números desta semana saem às 9h30, com um esperado ligeiro aumento de 576.000 para 617.000. Isso ainda representaria uma melhora em relação aos dias sombrios de inverno, no entanto.

3. Ações em baixa no dilúvio de lucros corporativos

As ações americanas devem abrir em baixa antes de outro dia agitado de lucros.

Às 8h44, os futuros do Dow Jones, do S&P 500 do Nasdaq 100 recuavam respectivamente 0,07%, 0,13% e 0,18%.

A fabricante de eletrodomésticos Whirlpool (NYSE:WHR) (SA:W1HR34) e a operadora de dutos Kinder Morgan (NYSE:KMI) (SA:KMIC34) estarão em destaque após postarem números muito mais fortes do que o esperado na terça-feira, enquanto a American Airlines (NASDAQ:AAL) (SA:AALL34), a Alaska Air (NYSE:ALK) (SA:A1LK34) e a Southwest Airlines (NYSE:LUV) (SA:S1OU34) apresentarão relatórios antecipados, junto com mineiro Freeport-McMoran (NYSE:FCX) (SA:FCXO34) e grupo de saúde Danaher (NYSE:DHR) (SA:DHER34).

A Intel (SA:ITLC34) (NASDAQ:INTC) reporta pela primeira vez sob o novo CEO Pat Gelsinger.

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Nesta madrugada, a Nestlé (SEIS:NESN) e do grupo de software SAP (NYSE:SAP) (SA:SAPP34) também divulgaram resultados.

4. BCE se reúne um dia após o Banco do Canadá anunciar a redução gradual

O Banco Central Europeu realiza uma reunião regular de política monetária, num cenário de baixas expectativas, mas de constante interesse nas orientações da presidente Christine Lagarde.

O banco havia dito em sua última reunião que iria acelerar substancialmente o ritmo das compras de títulos no trimestre atual para evitar qualquer expectativa de um aperto antecipado da política em resposta a um provável aumento transitório da inflação.

A reunião ocorre em um momento em que o euro rompe US$ 1,20 pela primeira vez em sete semanas, e um dia depois que o Banco do Canadá se tornou o primeiro banco central do G-10 a anunciar uma redução nas compras de ativos em resposta à melhoria das perspectivas econômicas.

5. Petróleo cai para as mínimas da semana

Os preços do petróleo bruto caíram para os níveis mais baixos em uma semana, depois que a Índia - um dos maiores importadores do mundo - relatou o maior número de novos casos de Covid-19 registrados por um país em um único dia.

Às 8h48, os futuros do WTI recuavam 0,54%, a US$ 61,02 o barril, enquanto os futuros do Brent caíam 0,64%, a US$ 64,90 o barril.

Dois relatórios fracos de estoque dos EUA nesta semana, junto com um constante fluxo de novas medidas de lockdown na Índia e no Japão, diminuíram um pouco os preços esta semana, assim como a crescente consciência do retorno do Irã ao mercado global.