sexta, 19 de abril de 2024
Criptomoedas

Conheça o BITH11, o primeiro ETF verde do Brasil

Confira como investir e os motivos que fazem os fundos de índice serem uma boa opção

29 setembro 2021 - 11h08Por Redação Spacemoney

O primeiro ETF verde no Brasil estreou recentemente na Bolsa de Valores e pode ser uma alternativa para investidores diversificarem a carteira de aplicações a um custo acessível. O BITH11 é o novo fundo de índice de bitcoin e tem a proposta ecológica de ajudar a neutralizar o grande consumo de energia provocado pela mineração da criptomoeda, que provoca altas emissões de carbono. 

Os ETFs são fundos passivos e o BITH11 é o quarto de criptomoeda disponível no mercado de ações brasileiro. Entre as outras opções estão o HASH11, primeiro lançamento da Hashdex, o QETH11 e QBTC11, da QR Assets.

"Cada ETF possui sua própria estratégia de investimento. O HASH11, por exemplo, funciona através de uma cesta de ativos, então é interessante para aqueles que são mais ocupados ou não entendem muito sobre criptoativos", explica Tasso Lago, especialista em criptomoedas e fundador da Financial Move.

Já o QETH11, QBTC e BITH11, detalha Lago, podem ser comprados em corretoras tradicionais de venda de bitcoin que não cobram as taxas de administração do ETF que geralmente são cobradas nas corretoras de bolsa. "Por isso, são boas opções para as pessoas que querem aumentar o capital. O diferencial do BITH11, primeiro ETF de bitcoin ecológico, é a compra de bitcoin com um percentual em créditos de carbono".

Crédito de carbono

O ETF BITH11, assim como o QBTC11 que também foi lançado recentemente, possui 100% de exposição ao bitcoin. Seu diferencial está na possibilidade de o investidor operar de maneira ecologicamente responsável, sendo capaz de investir até 0,15% de seus ativos líquidos em créditos de carbono e tecnologias sustentáveis a cada ano. 

O crédito de carbono é um mecanismo feito para conscientizar as empresas a realizarem o investimento em criptomoedas de uma forma menos prejudicial ao meio ambiente.

"Cada empresa possui sua cota máxima na emissão de poluentes que, caso seja ultrapassada, deve ser compensada com a compra do crédito de carbono. As empresas mais eficientes no consumo de energia, ou seja, que poluem menos que o permitido, podem vender seus créditos e monetizar. Assim, esse processo acaba se tornando um estímulo financeiro, com a obtenção de receita ou penalização através de cobranças, para incentivar a adequação ao padrão recomendado para o meio ambiente", diz Tasso.

Para medir a eficiência do BITH11 serão produzidos relatórios anuais, feitos pela empresa alemã Crypto Carbon Ratings Institute (CCRI), com cálculos e estimativas do consumo de energia relacionados aos bitcoins adquiridos pelo fundo. Após o sucesso na sua estreia, a Hashdex prevê o lançamento de mais um ETF, dessa vez com foco na criptomoeda ethereum, que possui 100% de exposição ao ether (ETH).

A chegada de novas opções de investimentos em criptomoedas está reformulando o setor no país, permitindo que sejam feitas compras e vendas de Bitcoin de maneira mais segura e rentável. Entretanto, é preciso ficar atento antes de escolher um fundo para investir o capital. "É preciso entender o ETF, no que ele investe, em qual setor ele se expõe e quais as suas taxas de administração. A partir daí você consegue julgar se é um bom investimento e se ele se adequa às suas necessidades", finaliza.