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Como organizar as finanças pessoais e sair do "vermelho" em 2021: confira sete dicas

21 janeiro 2021 - 15h05Por Redação SpaceMoney

Colocou a organização financeira nas listas de resoluções para este ano? Você não está sozinho. Segundo uma pesquisa da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), cerca de 67% das famílias brasileiras estavam endividadas em julho de 2020.

Para ajudar quem traçou a meta de sair do “vermelho” e começar a guardar dinheiro em 2021, o professor da FECAP (Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado) e especialista em Administração Financeira e Finanças Pessoais Márcio Wu separou algumas dicas práticas. Confira:

1. Antes de poupar, pague as dívidas

Para quem pensou em iniciar o novo ano entrando de cabeça no mundo dos investimentos, o professor faz um alerta: “Nenhum rendimento é maior do que as taxas de cartão de crédito ou do cheque especial". Portanto, antes de pensar em guardar dinheiro em poupança ou investir, pague as suas dívidas. 

2. Identifique seu orçamento

Não sabe por onde começar a quitar suas dívidas? A maioria das pessoas não têm ideia de como gastam o dinheiro, por isso o ponto de partida para sair da condição de devedor e tornar-se um poupador é diagnosticar entradas e saídas. 

"A primeira coisa é entender de onde vem o seu dinheiro e para onde ele vai. Faça um detalhamento e diagnóstico dos seus gastos pessoais ou familiares", aponta Wu.

3. Saiba por onde seu dinheiro está "vazando"

Após começar a trabalhar em um orçamento pessoal, é preciso manter um controle rígido das anotações por dois ou três meses para compreender para onde seu dinheiro ‘está vazando’. 

"Somos naturalmente desleixados, principalmente com os pequenos gastos. Itens comprados por impulso no supermercado, onde há muitas miudezas, são um exemplo claro. Uma coisa aqui e outra acolá, somados, esses pequenos gastos que você não se dá conta vão te assustar e fazer muito estrago no final do mês", conta o professor.

Planilhas, aplicativos ou sites ajudam nisso. Vale até a velha caderneta de anotações. O exercício é simples: para saber para onde vai o dinheiro, comprovantes de pagamentos e gastos devem ser lançados ao final do dia ou da semana. Quantas foram as entradas? Quais foram os gastos? Aportes para investimento? As somas das saídas, ao total, devem ser iguais às entradas.

4. Reduza gastos 

Comece a poupar aos poucos, sem radicalismo. A ideia é tentar reduzir gastos, sem abrir mão do que é importante para você. Se tem costume de sair com amigos, por exemplo, não corte esse hábito, apenas diminua a frequência. O que é "supérfluo" varia de pessoa para pessoa e do perfil de consumo de cada um. "Planos financeiros rígidos, assim como dietas alimentares, costumam fracassar", afirma Wu.

5. Finja que ganha menos

Outra forma de economizar se assemelha à estratégia adotada por previdências privadas. No momento em que recebe o salário, um percentual é sacado da conta, 10% ou 20%, para formar poupança ou para realizar um sonho. "Finja ganhar menos do que ganha de verdade e aprenda a viver com menos", indica ele.

6. Economize com um objetivo

Importante que você economize com base em um objetivo, como comprar um carro, uma casa, ou viajar. O especialista explica que esta estratégia de pensamento ajuda na hora de controlar gastos: "Poupar sem isso em mente é muito difícil. É preciso uma motivação para economizar. Imponha-se uma meta".

7. Crie hábitos antes de ter rentabilidade

Para quem nunca poupou ou investiu, mais importante que buscar rentabilidade é criar o hábito de poupar. Se já tem esse costume, pense em como investir os recursos. "É importante ter em mente qual o seu perfil de risco, se é conservador, agressivo ou moderado", cita Wu.

Hoje o mercado trabalha com as mais baixas taxas de juros da história. Para quem tem pouco recurso e está começando a investir, títulos públicos são um bom ponto de partida. Além deles, outras opções interessantes são CDBs, LC, LCI, LCA, emitidos por bancos e financeiras de médio porte, com risco maior, mas com segurança do Fundo Garantidor de Crédito e taxas mais atrativas.

Com informações da Assessoria de Imprensa da Fecap