A Genial Investimentos analisa a notícia sobre federalizar as empresas estatais mineiras de capital aberto, Cemig (CMIG4) e Copasa (CSMG3), como negativa.
Para a casa, os três principais receios da operação seriam:
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Ausência de ambiente favorável para privatizações no estado de Minas Gerais;
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Eventual substituição dos atuais executivos da Cemig e Copasa e sobre como seria a remuneração ao acionista minoritário e, claro, que valores seriam oferecidos a estes.
“Caso esse evento venha a disparar direito de retirada para minoritários devido a mudança de controlador, entendemos que o valor patrimonial seja uma referência de valor a ser considerada ao longo desse processo”, comenta a Genial.
No terceiro trimestre deste ano, o valor patrimonial da Copasa era de R$20,7 por ação e R$13,5 por ação na Cemig – valendo lembrar que a CSMG é composta por ações 100% ordinárias e pertence ao Novo Mercado, sendo assim, estaria mais protegida sob essa questão.
“Todo esse processo deve ser longo e complexo, tendo em vista principalmente a necessidade de aprovação por parte da Assembleia Estadual de Minas Gerais”, afirma a casa.
Na análise, a Genial acredita que esse vento seria positivo para Eletrobras (ELET3(ELET6)). “Se considerarmos o interesse do governo federal em ter uma estatal do setor de energia elétrica, a federalização da Cemig iria nesse sentido (empresa integrada, tamanho razoável etc). Teoricamente, a materialização desse desejo deveria reduzir o impacto do governo federal em rever os voting rights da Eletrobras”, destaca.
Para as ações CMIG4 e CSMG3, a Genial faz recomendação de manter compra, com preço-alvo de R$ 12,50 para a Cemig e de R$ 20,00 para a Copasa.