Por Dhirendra Tripathi, do Investing.com – As ações da BioNTech (NASDAQ:BNTX) subiam mais de 15% às 15h50 (horário de Brasília) de segunda-feira, com o anúncio da empresa de que está desenvolvendo uma versão atualizada da vacina contra a Covid-19 que mira a variante delta.
No Brasil, o BDR da farmacêutica (SA:B1NT34) tinha alta de 15,6%.
A empresa voltou ao azul no segundo trimestre, pois sua receita aumentou mais de 127 vezes. A receita total atingiu € 5,30 bilhões (US$ 6,20 bilhões), comparada a € 41,7 milhões no mesmo trimestre de 2020. O lucro líquido foi de € 2,78 bilhões, comparado a uma perda de € 88,3 milhões no segundo trimestre de 2020.
A empresa alemã e sua parceira no programa da vacina contra a Covid, a Pfizer Inc (NYSE:PFE) (SA:PFIZ34), antecipam que o estudo clínico da versão atualizada de sua vacina contra a Covid comece neste mês, sujeito a aprovações regulamentares. As despesas e os lucros da vacina são divididos igualmente entre a Pfizer e a BioNTech. A Pfizer apresentava alta de 1,4% e seu BDR, de 1,1%.
A variante delta tem a mais rápida propagação entre todas as mutações do coronavírus original. Ela foi encontrada pela primeira vez na Índia, onde ceifou milhares de vidas entre em abril e maio, quando o país sentiu o impacto de sua devastação. O vírus é hoje a mutação prevalente em diversos países. Alguns deles estão vendo um ressurgimento dos casos de Covid.
À medida que os governos combatem a hesitação em relação às vacinas e se apressam para obter mais doses junto a fabricantes específicos, surgem discussões sobre a necessidade de uma dose de reforço para proteger contra o vírus.
Até 21 de julho de 2021, a BioNTech e a Pfizer já haviam enviado aproximadamente 1 bilhão de doses para mais de 100 países ou territórios em todo o mundo.
A BioNTech e a Pfizer receberam encomendas de mais de 2,2 bilhões de doses para entrega em 2021 e mais de 1 bilhão de doses para 2022 e os anos seguintes até o dia 21 do mês passado. A empresa disse que as discussões para acordos de doses adicionais estão em andamento, e espera-se que o número de pedidos cresça.
As duas empresas esperam que a capacidade de produção anual da sua vacina contra a Covid atinja 3 bilhões de doses até o final deste ano, chegando a até 4 bilhões de doses em 2022.
A BioNTech também forneceu hoje uma atualização sobre seu desempenho no segundo trimestre, passando para lucratividade nos três meses encerrados em 30 de junho e superando confortavelmente todas as estimativas.