sábado, 20 de abril de 2024
Ajuda financeira

Banco do Brasil (BBAS3) libera R$ 2 bi para recuperação de lavouras atingidas por geada

SP, MG e Paraná tiveram em julho pior geada em 19 anos

25 agosto 2021 - 08h00Por Agência Brasil
Geada em plantaçãoGeada em plantação - Crédito: Sergio Ranalli

Por Pedro Rafael Vilela, da Agência Brasil - O Banco do Brasil (BBAS3), o BB, vai financiar os agricultores afetados pelas fortes geadas ocorridas no mês de julho em regiões produtoras de café e cana-de-açúcar. Ao todo, pouco mais de R$ 2 bilhões foram reservados para essa ação.

O anúncio foi feito durante cerimônia no Palácio do Planalto, com a participação do presidente Jair Bolsonaro, ministros e autoridades. 

"A gente ainda tem uma estimativa de 18% a 20% de perdas, mas que ainda leva um tempo para verificar o tamanho real das perdas que ocorreram com as geadas", afirmou a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, durante o evento.

Levantamento preliminar do governo federal indica que mais de 200 mil hectares de cafezais foram atingidos em Minas Gerais, São Paulo e Paraná, na pior geada em 19 anos.

Parte do recurso para a recuperação dessas lavouras, cerca de R$1,3 bilhão, foi remanejado pelo do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), em decisão tomada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) na semana passada.

A outra parte de R$ 1 bilhão será um aporte da carteira de crédito rural do próprio BB, e também será viabilizada para a recuperação de lavouras de cana-de-açúcar, que também tiveram áreas atingidas pela geada em São Paulo e no Mato Grosso do Sul. 

Outros investimentos

Durante a solenidade, o presidente do BB Fausto Ribeiro também anunciou o programa BB Investimento Agro para viabilizar créditos de R$ 8,5 bilhões em diferentes ações voltadas para o setor.

A maior parte desses recursos, cerca de R$ 5,5 bilhões, serão destinados para o financiamento de recuperação de pastagens, projetos de energia renovável, irrigação, produção integrada na avicultura e suinocultura, além da aquisição de máquinas e equipamentos agrícolas.

Outros R$ 2 bilhões irão para projetos de armazenagem e mais R$ 1 bilhão será aplicado em um consórcio para apoiar pequenos e médios produtores na aquisição de silos, com prazo de até 240 meses.