quinta, 28 de março de 2024
Confira dicas

ARTIGO - Quais as vantagens de diversificar a carteira e como fazer isso da melhor maneira?

10 março 2021 - 11h25Por Redação SpaceMoney

*Por Isaías Lopes

Com o mercado financeiro abalado pela crise, investir em 2021 exige mais do que avaliar as condições de mercado.  É preciso analisar fatores que ajudam a ter proteção e mais rentabilidade. Nesse caso, a diversificação de carteira se destaca como uma excelente opção.

Essa estratégia é composta por um grupo de investimentos com comportamentos distintos em uma condição de mercado. Enquanto um sofre uma queda, o outro pode passar por uma valorização no mesmo cenário. Porém, não se trata de apenas investir de modo aleatório, é preciso evitar a pulverização ou falsa diversificação, e, para isso, é fundamental conhecer o comportamento de cada um deles e como se relacionam.

Dessa maneira, é possível compor uma carteira com risco equilibrado. Assim, há menos chances de você sofrer grandes perdas. Confira quatro dicas para construir um portfólio rentável e seguro!

1. Avalie as oportunidades do mercado – esteja ciente das possibilidades. Vale entender as opções de produtos financeiros disponíveis, entre renda fixa e renda variável. Há, por exemplo, os Fundos de Investimento, em que cada investidor adquire cotas e passa a ter o direito de participar dos resultados do fundo. Entre eles estão os de Ações, que aportam a maior parte dos recursos nesses ativos, e os Imobiliários, que investem no mercado de imóveis.

Mas, quando o objetivo é diversificar, os Fundos Multimercados se destacam, já que apresentam abordagem mista e alocam recursos em diversas possibilidades da renda fixa e/ou da renda variável. Além disso, há os chamados Fundos Quant que são, normalmente, Multimercados ou de Ações nos quais gestão é feita por meio da tecnologia com base em algoritmos. Isso significa que a tomada de decisão utiliza estratégias testadas e comprovadas em busca de resultados ainda melhores.

2. Entenda a correlação dos investimentos - uma correlação positiva se dá quando as alternativas se comportam da mesma maneira ou de forma parecida. É o caso de um Certificado de Depósito Bancário (CDB) pós-fixado e do Tesouro Selic. Apesar de serem distintos, sofrem perdas quando a taxa de juros cai e se valorizam com a sua ampliação.

Já uma correlação negativa indica que os investimentos fazem movimentos opostos. Este é o caso do Tesouro Selic e das ações. Quando a taxa de juros cai, o título público perde rentabilidade. No entanto, no momento em que a bolsa sofre uma alta as ações também sobem. Uma diversificação adequada acontece ao escolher investimentos que tenham correlação negativa. Nesse sentido, os Fundos Quant são interessantes, pois tendem a apresentar comportamento diferente aos demais fundos.

3. Conheça o seu perfil e os seus objetivos - o perfil de investidor aponta a sua tolerância ao risco e indica se você é mais conservador, moderado ou arrojado. Já os objetivos de curto, médio e longo prazo ajudam a definir a necessidade de liquidez e as expectativas de resgate do dinheiro. Ambos são pontos importantes para a tomada de decisão e devem ser muito bem avaliados.

4. Faça uma escolha personalizada - se você tiver um perfil mais conservador e/ou objetivos de curto prazo, faz sentido alocar uma proporção maior em investimentos seguros e com boa liquidez. Por outro lado, se quiser rentabilizar e/ou ter ganhos no longo prazo, pode ser interessante correr um pouco mais de riscos. As escolhas devem ser balanceadas com investimentos descorrelacionados, o que isso ajuda a concluir a diversificação com sucesso.

Adotando essa estratégia é mais fácil equilibrar os resultados, investir de forma mais segura e até potencializar o desempenho da sua carteira.

 

*Isaías Lopes é CIO e cofundador da Pandhora, gestora de fundos de investimento quantitativos.