Fachada Americanas - Shopping Rio Sul RJ - Crédito: Gustavo LacerdaA Americanas (AMER3) não gostou da decisão que suspendeu o Novo Mercado a companhia, o segmento de mais alto grau de governança da B3 (B3SA3).
Apesar de carregar um dos maiores pedidos de recuperação judicial da história do país, devido ao rombo bilionário na contabilidade da companhia, a Americanas afirmou que "cumpre todos os requisitos do Novo Mercado, com os controles exigidos, e confia que a decisão seja devidamente revista".
A Americanas reafirmou ainda que vem repetindo há meses, desde as revelações de janeiro, de que foi "vítima" de "fraude" de sua antiga diretoria, que ficou no comando da varejista por cerca de duas décadas.
Sobretudo, a reclamação da companhia surge depois da B3 anunciar na noite da véspera que decidiu suspender a empresa do Novo Mercado, cerca de 10 meses depois do escândalo bilionário que acabou prejudicando a oferta de crédito ao varejo nacional.
A Americanas, que ainda não chegou a um acordo com os bancos sobre a dívida, aproveitou a ocasião para criticar o Novo Mercado ao afirmar que o regramento do segmento "não blinda uma sociedade contra fraudes complexas como a verificada na companhia".
A decisão da B3 marcou a primeira vez que uma empresa foi suspensa do Novo Mercado. A decisão tem efeito dentro de 15 dias, prazo que a B3 deu à Americanas para recorrer, e permanece em vigor até que a empresa cumpra quatro condicionantes, sendo eles:
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Divulgação de relatório do comitê independente;
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Demonstrações financeiras sem ressalvas de auditoria;
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Relatório de controles internos;
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Atualização de todas as informações financeiras pendentes até o momento.
A Americanas afirmou que vai recorrer "o que deverá suspender os efeitos da sanção até decisão sobre o recurso, e confia no seu integral provimento".
Em outubro, a empresa adiou novamente a divulgação de seus balanços financeiros. A nova data prevista é para a próxima segunda-feira, 13 de novembro.