quinta, 25 de abril de 2024
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Ações do Carrefour Brasil disparam 14% após compra do Grupo BIG; UBS vê liderança de mercado

O Carrefour comprou o Grupo BIG por R$ 7,5 bilhões, o que expandirá a presença da unidade brasileira do grupo francês em regiões como o Nordeste e o Sul do país

24 março 2021 - 11h57Por Investing.com

Por Ana Carolina Siedschlag, da Investing.com - As ações do Carrefour (SA:CRFB3) Brasil subiam 14,12% nesta quarta-feira (24) após a companhia anunciar a compra do Grupo BIG por R$ 7,5 bilhões, o que expandirá a presença da unidade brasileira do grupo francês em regiões como o Nordeste e o Sul do país.

Perto das 12h00, as ações da varejista eram negociadas a R$ 21,99, com alta acumulada de 5,41% nos últimos trinta dias e de 4,06% nas últimas 52 semanas.

O Grupo BIG detém o ativo imobiliário de 181 lojas e 38 propriedades adicionais, totalizando aproximadamente R$ 7 bilhões de valor imobiliário, de acordo com uma análise independente citada em fato relevante sobre o negócio.

Em entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira, para falar sobre a compra, o CEO do Carrefour Brasil, Noël Prioux, afirmou que para a empresa não pretende fazer a cisão entre seus negócios de multivarejo e atacarejo, pelo menos no momento.

"Nós consideramos que temos muitas sinergias, não obrigatoriamente de compra. Consideramos que ter um ecossistema global é melhor que ter um ecossistema separado", afirmou Prioux.

No começo do mês, o concorrente GPA, que no agregado era o segundo maior grupo varejista do País, dividiu seus ativos entre o Assaí, de atacarejo, e o restante do grupo, com bandeiras como Extra e Pão de Açúcar (SA:PCAR3).

O que dizem os analistas

Para os analistas do UBS, em relatório, a compra traz sinergias líquidas “significativas” de R$ 1,7 bilhão em três anos, com um múltiplo posterior de 3,6 vezes o valor da firma, ou EV, na sigla em inglês, em relação ao EBITDA.

Com isso, o Carrefour fica em uma posição fortalecida como líder de mercado, escrevem, dobrando o número de supermercados do grupo.

Os analistas mantiveram a recomendação Neutra para o papel, com preço-alvo de R$ 22,50.

Com Reuters