sábado, 27 de abril de 2024
Empresas

99 e Uber propõem remuneração de R$ 30 por hora, sem vínculo empregatício, diz canal

Grupos de trabalhadores defendem que o pagamento seja calculado com base no tempo em que eles permanecem conectados às plataformas

28 setembro 2023 - 11h05Por Redação SpaceMoney

Uber (U1BE34) e 99 Pop são algumas das plataformas de transporte que seguirão sem estabelecer vínculo empregatício e com proposta de remuneração de R$ 30 por hora para os motoristas, conforme apurou o canalCNN Brasil.

 

Quanto aos moto-entregadores do Ifood, Rappi e Loggi ainda não foi alcançado um acordo entre as partes, segundo o veículo. As negociações, que se arrastam há semanas, parecem longe de um consenso.

 

Inicialmente, representantes do MID (Movimento Inovação Digital), do qual fazem parte a Loggi e a Rappi, bem como da Amobitec (Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia) das plataformas Uber, iFood, Amazon (AMZO34) e 99, defendem:

 

  • Para o transporte de passageiros, a oferta inicial da Amobitec era de R$ 15,60 por hora, valor que passou para R$ 21,22 por hora; 

  • Na proposta do MID, esse pagamento é de R$ 17 pela hora trabalhada; não foi informado o valor pedido pelos motoristas;

  • Para as entregas realizadas em bicicleta, a Amobitec propõe R$ 6,54 por hora, e o MID, R$ 7, enquanto as centrais sindicais pedem R$ 29,63;

  •  Para as entregas feitas de moto, a Amobitec oferece pagamento de R$ 12 pela hora trabalhada, e o MID, de R$ 11; os trabalhadores querem R$ 35,76;

  • Para entregas em carro, a Amobitec propõe R$ 10,86 por hora; o MID não especifica o veículo, mas o local da compra:

  • Para entregas do comércio eletrônico, R$ 12 a cada 8 quilômetros rodados.

 

A última proposta apresentada pelos trabalhadores por aplicativo para a regulamentação da categoria não foi aceita pelas empresas. 

 

Para eles, o mais justo é a remuneração ser calculada com base no tempo em que eles permanecem conectados às plataformas, já que se trata de um período em que ficam disponíveis para atender à empresa.

 

O secretário-geral da UGT (União Geral dos Trabalhadores), Canindé Pegado, afirma que os motoristas querem o mínimo, a garantia da dignidade da pessoa humana e do trabalho digno para sobreviverem. 

 

“Acredito que as empresas de aplicativo de entregas não têm isso como visão empresarial; porém, precisam adotar as medidas para garantir aos seus profissionais o mínimo de qualidade de vida”, ressaltou.

 

Com a continuidade do impasse, a classe de entregadores promete fazer uma greve nacional amanhã (29), que deve ser estendida por três dias.

 

Sindicatos de motoboys de São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e do Distrito Federal (DF) já confirmaram que vão parar, caso não haja um novo acordo sobre o valor da hora logada.