
A Esportes da Sorte, patrocinadora máster do Corinthians, e a VaideBet conseguiram figurar na lista de análise do governo para operar legalmente no Brasil pelo menos até o final de 2024.
As empresas obtiveram autorização do estado do Rio de Janeiro para operar no mercado de apostas online, uma decisão que ocorre em meio a investigações em Pernambuco, onde ambas são acusadas de lavagem de dinheiro e vínculos com o jogo do bicho.
As Bets que não estivessem nessa lista a partir de 11 de outubro seriam derrubadas pela Anatel.
Entretanto, essa liberação traz incertezas, especialmente para a Esportes da Sorte.
A legislação estabelece que apenas empresas credenciadas pelo governo federal podem firmar contratos de patrocínio com clubes. A situação levantou dúvidas sobre a continuidade da parceria entre o time e a empresa, considerando que a Esportes da Sorte não figura na lista de credenciadas do Ministério da Fazenda.
O que a Esportes da Sorte precisa para ser regularizada?
A aprovação das casas de apostas sob análise do governo se dará por uma série de medidas, entre elas:
- Comprovação de capacidade operacional e financeira;
- Garantia de proteção aos apostadores;
- Manter boa estrutura de governança;
- Possuir sede e atendimento no Brasil;
- Um brasileiro deter pelo menos 20% de ações da empresa.
Ainda que aprovada, cada empresa de apostas precisa pagar R$ 30 milhões para atuar por cinco anos e seguir regras, como a proibição de jogos ilegais e do uso de cartão de crédito para apostas.
O CEO da Esportes da Sorte, Darwin Henrique da Silva Filho, está sendo investigado pela Polícia Civil de Pernambuco por lavagem de dinheiro e jogos ilegais, o que levou à não listagem inicial da empresa pelo governo.
Para contornar a situação, a Esportes da Sorte recorreu à Loterj, a loteria estadual do Rio de Janeiro, para obter uma licença provisória até o final de 2024.
O plano B do Corinthians
O Corinthians possui um plano B caso ocorra um rompimento com a Esportes da Sorte.
Conforme apuração do Uol, a diretoria do clube recebeu sondagens de duas empresas interessadas em assumir o patrocínio: uma casa de apostas regularizada pelo Ministério da Fazenda e outra de um setor diferente.
Apesar disso, o Corinthians ainda não planeja abrir negociações, dependendo da evolução da situação entre a Esportes da Sorte e o governo.
A relação entre o clube e a patrocinadora permanece boa, com comunicação constante entre as partes.