Juros altíssimos

SELIC A 15%: quem lucra e quem sofre com a disparada dos juros no Brasil

Descubra quem sai ganhando e quem sai perdendo com juros elevados

Selic a 15%: quem ganha e quem perde / Super ETF
Selic a 15% transforma o mercado financeiro brasileiro: descubra quem ganha e quem perde com a nova realidade econômica | Crédito: SpaceMoney

Desde setembro de 2024, o Copom vem elevando a taxa básica de juros, até chegar na última quarta-feira (18) quando a Selic atingiu 15% ao ano, seu nível mais alto desde 2006. Essa escalada visa conter uma inflação persistente, que alcançou 5,3% nos 12 meses até maio, bem acima da meta de 3%.

Juros tão altos mudam as regras do jogo. Alguns investidores comemoram rendimentos robustos, enquanto tomadores de crédito enfrentam custos astronômicos. Mas afinal, quem realmente lucra e quem sente no bolso essa Selic turbinada?

Quem ganha com juros altos?

Juros elevados recompensam quem empresta. A seguir, três perfis que colhem os frutos.

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Poupadores e investidores de renda fixa

Para quem investe em renda fixa, a Selic a 15% proporciona rendimentos expressivos, com CDBs, LCIs e Tesouro Selic entregando ganhos reais acima da inflação. Esses investimentos combinam segurança com bom retorno, pois muitos contam com a proteção do FGC ou do próprio governo federal através do Tesouro Nacional.

Além do rendimento atrativo e da segurança, esses investimentos oferecem excelente liquidez. Fundos DI e Tesouro Selic, por exemplo, permitem que o investidor resgate seu dinheiro rapidamente quando necessário, sem sofrer perdas significativas de valor, o que os torna opções ideais para reservas de emergência e objetivos de curto e médio prazo.

Instituições financeiras e fundos de crédito

Para instituições financeiras, a Selic a 15% representa um cenário altamente favorável. Bancos, por exemplo, se beneficiam diretamente com o spread ampliado, captando recursos à taxa Selic e emprestando a taxas consideravelmente maiores, o que garante margens robustas em suas operações de crédito. Além disso, juros altos mantêm o fluxo de captação aquecido, fortalecendo os balanços dessas instituições.

Fundos de investimento em crédito também prosperam nesse ambiente. Produtos como fundos de debêntures, CRIs e CRAs apresentam rendimentos que saltam significativamente, atraindo novas aplicações, especialmente de investidores institucionais. Essa dinâmica cria um ciclo virtuoso para o setor financeiro, que consegue expandir suas operações enquanto oferece retornos atraentes aos investidores.

Investidores conservadores

Os investidores de perfil conservador encontram na Selic a 15% o cenário ideal para seus objetivos financeiros. A taxa elevada permite que a reserva de emergência seja substancialmente reforçada, formando um colchão seguro contra imprevistos, sem a necessidade de assumir riscos adicionais. A previsibilidade dos retornos em investimentos atrelados à taxa básica facilita o planejamento financeiro de médio e longo prazo.

Outro benefício significativo para este perfil de investidor é a baixa volatilidade dos produtos de renda fixa indexados à Selic. Com rendimentos robustos em aplicações seguras, reduz-se consideravelmente a necessidade de recorrer a ativos mais arriscados para atingir metas financeiras. Isso permite uma gestão patrimonial mais tranquila, sem a pressão de buscar alternativas de maior risco apenas para compensar a inflação.

Quem perde com juros altos?

Enquanto uns lucram, outros sentem o peso do crédito caro.

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Tomadores de crédito e endividados

Para quem necessita de empréstimos ou já está endividado, a Selic a 15% é devastadora. As modalidades de crédito ao consumidor ficam extremamente caras, com taxas do cheque especial e do cartão de crédito ultrapassando 150% ao ano em alguns casos. Isso transforma pequenas dívidas em bolas de neve financeiras, difíceis de controlar.

Além disso, as opções para sair do endividamento tornam-se mais limitadas. Renegociar dívidas fica substancialmente mais oneroso, e as famílias são forçadas a fazer cortes significativos no orçamento doméstico apenas para arcar com os juros elevados, comprometendo seu padrão de vida e planejamento financeiro de longo prazo.

Empresas e setor produtivo

O setor produtivo sofre forte impacto com a Selic a 15%. O financiamento para expansão de operações e capital de giro se torna proibitivamente caro, o que freia investimentos e planos de crescimento. Empresas de todos os portes, especialmente as pequenas e médias, veem seus custos financeiros dispararem, comprometendo margens e viabilidade operacional.

Como consequência direta, o mercado de trabalho também é afetado. As empresas adotam estratégias rigorosas de contenção de custos, reduzindo contratações e em alguns casos até implementando cortes de pessoal. Essa retração generalizada da atividade empresarial acaba enfraquecendo a demanda interna e pressionando negativamente o crescimento do PIB, gerando um ciclo de desaceleração econômica.

Investidores de renda variável

Os investidores da bolsa de valores enfrentam desafios significativos com a Selic a 15%. O principal efeito é a migração em massa de recursos para investimentos de renda fixa, que passam a oferecer retornos atrativos com muito menos risco. Isso provoca uma queda na demanda por ações e outros ativos de risco, pressionando seus preços para baixo.

Além disso, o aumento da taxa de desconto utilizada em modelos de valuation reduz substancialmente o valor presente dos fluxos de caixa futuros das empresas, o que também contribui para a desvalorização das ações. O resultado é um ambiente de maior volatilidade no mercado acionário, com saídas abruptas de capital gerando oscilações acentuadas e tornando a gestão de portfólios de renda variável muito mais desafiadora.

Como evitar perdas com a Selic nesse patamar?

Em um cenário de Selic elevada, a diversificação da carteira torna-se essencial para equilibrar risco e retorno. Uma estratégia eficaz é combinar investimentos atrelados à Selic com fundos de crédito privado e ETFs internacionais, criando uma proteção contra volatilidade enquanto aproveita os altos rendimentos da taxa básica.

A proteção contra a inflação também deve ser prioridade, mesmo com juros altos. Incorporar títulos indexados ao IPCA e fundos multimercado com foco inflacionário garante que seu patrimônio não seja corroído pela alta de preços, especialmente em um ambiente econômico instável como o atual.

Por fim, para quem possui dívidas, é fundamental adotar uma postura proativa: renegocie seus débitos buscando prazos mais longos e prefira juros prefixados quando possível. Simultaneamente, mantenha uma reserva de emergência em aplicações atreladas à Selic, o que proporcionará não apenas segurança financeira, mas também liquidez para aproveitar oportunidades de investimento que surgirem em momentos de instabilidade do mercado.

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