As tarifas anunciadas recentemente provocaram forte reação nos mercados. A princípio, futuros de ações globais recuaram. Além disso, o dólar oscilou. Por fim, os yields dos títulos globais se elevaram, sinalizando aumento da aversão ao risco, especialmente entre países desenvolvidos e emergentes.
A Moody’s alertou que os novos tarifários ampliam o risco de crédito em mercados emergentes. Como resultado, spreads sobre títulos soberanos e corporativos se ampliam rapidamente.
Relatórios do Citi também destacam um cenário preocupante. Em primeiro lugar, cadeias globais mostram-se mais sensíveis. Em segundo lugar, a maior volatilidade cambial eleva os custos de financiamento externo para essas economias.
Por fim, gestores globais fortalecem a alocação para títulos soberanos dos EUA de alta qualidade. Sem dúvida, estes oferecem retorno defensivo e maior proteção em cenários de aversão ao risco.
Além disso, ETFs de renda fixa emergente lideram realocações robustas de capital em julho. Isto é, investidores oscilam entre busca por diversificação, liquidez e resiliência.
Como fugir disso?
Para escapar dos efeitos negativos das tarifas sobre mercados emergentes e renda fixa global, investidores podem adotar diversas estratégias defensivas. A primeira opção envolve apostar em ETFs de títulos soberanos de países desenvolvidos, como Treasuries ou Bunds. Com toda a certeza, estes oferecem maior estabilidade em cenários de risco elevado.
Outra estratégia importante consiste em reduzir a exposição a papéis com risco soberano ou corporativo mais fraco em mercados emergentes. Esta medida ganha relevância especial uma vez que a deterioração dos ratings e o aumento de spreads afetam profundamente os retornos dos investimentos.
Por fim, utilizar ativos globais de renda fixa de alta liquidez e qualidade representa uma alternativa eficaz. Em outras palavras, estes instrumentos permitem rotação tática de portfólio e, dessa forma, ajudam a mitigar perdas em momentos de alta volatilidade.