A Órama Investimentos realizou um estudo com 46 casas do mercado financeiro para trazer a mediana das projeções para inflação, atividade econômica e juros no país.
Juros
A instituição trabalha com a possibilidade do Banco Central terminar o ciclo de corte com a taxa básica de juros (Selic) em 9,5% a.a., chegando a esse patamar na reunião de agosto.
Além disso, a Órama entende que a desancoragem parcial das expectativas, assim como o hiato do produto mais apertado, somado a um risco de descompasso com o banco central dos Estados Unidos, limita a aceleração da magnitude dos cortes no curto prazo. "Assim, esperamos quatro cortes de 0,50 p.p. seguido por um final de 0,25 p.p., atingindo os 9,50% na quinta reunião do ano", diz o relatório da casa.
Das 46 casas analisadas, houve um aumento das expectativas em torno dos 9,5% para a Selic ao fim de 2024 desde novembro, mas ainda não o suficiente para definir um consenso. Observa-se que 76% acreditam que a Selic termine o ano em 9,5% a.a., ou menor que isso.
Inflação
Em relação ao IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), a Órama acredita que o índice encerrará este ano em 4%. Entre as instituições do estudo, 71% acreditam que a inflação ficará entre 3,50% e 3,99%.
O estudo mostrou ainda que 100% das respostas estão entre 3,50% e 4,50%, isto é, uma taxa igual ou menor à esperada para esse ano, de 4,51%, segundo o Boletim Focus.
Atividade econômica
A Órama projeta que o Produto Interno Bruto (PIB) de 2024 desacelere para 1,6%. Entre as gestoras do levantamento, 69% acreditam que o crescimento deve variar entre 1,26 a 2,00%.
Dos 31% remanescentes, 16% apostam em um crescimento acima de 2,00%. Ao mesmo tempo, a mediana da projeção para 2024 no Boletim Focus é uma alta de 1,51%, em linha com o intervalo majoritariamente respondido pelos gestores.