
Para o ministro da Casa Civil, Rui Costa, a disparada do dólar registrada no final de 2024 foi resultado de uma reação “exagerada” do mercado à eleição de Donald Trump nos Estados Unidos.
De acordo com ele, em entrevista ao Portal Metro1 – Rádio Metrópole, da Bahia, a incerteza gerada pelo novo governo norte-americano e a escalada de conflitos globais impulsionaram a valorização da moeda norte-americana frente ao real.
Rui Costa critica temor do mercado
Para Costa, o desafio é “enfrentar hoje um quadro internacional mais complexo, mais conflituoso, com a eleição recente do presidente dos Estados Unidos”.
Os conflitos levantados por Donald Trump, como a taxação de parceiros comerciais, o mercado “exagerou na subida do dólar, temendo ações que o governo norte-americano pudesse tomar”.
Em janeiro, Rui Costa já havia falado que o preço do dólar não correspondia com a vida real dos brasileiros. “O patamar que está não corresponde à vida real e aos números reais da economia brasileira”, afirmou o ministro na época.
Expectativa para queda do dólar
Apesar da valorização registrada no final do ano passado, o ministro destacou que a moeda estrangeira apresenta quedas nos últimos dias. Para ele, esse movimento pode ter reflexos positivos na economia brasileira.
“Mas agora, graças a Deus, o dólar vai recuando. Tem tido quedas seguidas. Ontem foi mais um dia de queda. A expectativa nossa é que isso continue a acontecer para que isso tenha reflexo nos preços praticados no Brasil”, destacou Rui Costa.
Na última quinta-feira (6), o dólar retomou sua trajetória de queda e reduziu o prêmio de risco associado a possível volta de Donald Trump ao poder nos Estados Unidos (EUA).
Além disso, a agenda econômica segue a divulgação do Payroll dos EUA nesta sexta-feira (7). De acordo com o relatório de empregos, o país norte americano gerou 143 mil novas vagas de emprego no mês de janeiro.