- Crédito: DivulgaçãoA inflação em 2024 deve ser de 4,2%, na análise da Warren Investimentos. A casa reduziu sua projeção do IPCA (Índice de preços ao consumidor) de 2024 que antes era de 4,4%. Para isso, incorporou um melhor efeito do setor Alimentação.
Já que a casa enxerga que haverá uma maior disponibilidade de oferta de carne bovina no ano. Com isso, alimentação no domicílio saiu de 6,5% para 5,4% na projeção.
Mesmo com essa revisão, o balanço de riscos para 2024 segue baixista em razão do câmbio mais apreciado (cenário contempla BRL a 5,0) e o petróleo abaixo de R$ 80, bem como a inflação global de bens mais benigna (vide índices de preços ao produtor na Ásia).
Além disso, a Warren considera possíveis medidas de baixa no setor elétrico e efeito menor do El Niño no preço dos alimentos.
"Uma dinâmica menos benigna da inflação subjacente é um risco altista para nossa projeção, além de reajuste maior em cursos regulares em fevereiro", comentou a casa.
Ainda em 2024, a análise não encontrou variação negativa para o valor do IPVA no ano, "porém os cálculos mostram aumento entre 0 e 2%, ou seja, há viés baixista no modelo que apontou alta de 4,7% para IPVA 2024".
"Com isso, inserimos na conta aumento de 2,3% e o efeito foi de -7 bps na projeção. Vale dizer que o nível de confiança nestes cálculos é baixo, dado que o IBGE poderá tratar a carteira de veículos por modelo ou montadora, reduzindo número de modelos pesquisado. Saberemos o resultado apenas no IPCA-15 de janeiro, que ainda não tem data divulgada pelo calendário do IBGE", acrescentou a Warren.
A análise avalia que a redução anunciada pela Petrobras (PETR3)(PETR4) no o preço do diesel em R$0,30, neutraliza o aumento programado de PIS/COFINS.
"Diesel é menos relevante para o IPCA, no entanto, chamamos a atenção que este mesmo movimento pode acontecer quando a alíquota ad-rem da gasolina subir em 1° fevereiro. Nossa conta de defasagem por PPI (preço de paridade de importação) sugere espaço para queda da gasolina de até 7% na refinaria. Tínhamos chamado atenção na semana anterior que este espaço tem reduzido consideravelmente", disse.
Para 2025, a projeção põe em vista a desancoragem de expectativas longas e um mercado de trabalho ainda apertado, por isso, estima uma inflação acima da meta, em 3,5%.