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Mercados mistos com cúpula Trump-Putin no radar

Yield dos Treasuries cede de máximas recentes e dólar opera de lado; minério de ferro avança

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Mercados globais em compasso de espera com Treasuries estáveis e atenção voltada para cúpula Trump-Putin no Alasca | Crédito: Pexels

Os mercados globais operam mistos nesta segunda-feira (11). Investidores mantêm-se atentos à aguardada cúpula Trump-Putin, prevista para esta semana no Alasca. Além disso, aguardam o CPI dos EUA de terça-feira. Nesse contexto, os Treasuries negociam contidos após queda acumulada desde meados de julho. Ao mesmo tempo, o índice dólar oscila perto da estabilidade. Já o minério de ferro avança no mês.

Em Wall Street, os índices mostram direção divergente. Sem dúvida, investidores ponderam o noticiário geopolítico e novas regras para o setor de chips ligadas às vendas para a China. As ações de tecnologia oscilam enquanto os principais benchmarks rondam as máximas recentes, em compasso de espera pelo CPI.

Na Europa, o STOXX 600 fica perto da estabilidade, com quedas em defesa ****diante de especulações sobre um eventual esboço de acordo para a Ucrânia. Por outro lado, movimentos corporativos pontuais também pesam. Nesse meio tempo, investidores monitoram o calendário de dados e eventos desta semana.

Na Ásia, as bolsas fecharam mistas. Receberam suporte de resultados corporativos e futuros do Nikkei perto de recorde, mesmo com feriado no Japão. No entanto, a leitura de inflação na China segue fraca, mantendo o debate sobre estímulos e demanda por matérias-primas.

Nos juros e no câmbio, os rendimentos dos Treasuries seguem abaixo das máximas recentes — após recuo de cerca de 25 pontos-base desde meados de julho. Por sua vez, o dólar opera estável antes do CPI e do prazo da trégua tarifária EUA-China.

Minério em alta e próximos gatilhos

O minério de ferro sobe no acumulado do mês (cerca de +6%). Está apoiado por expectativas ligadas à demanda chinesa e ajustes no mercado de aço. Assim sendo, há relatos de fortalecimento nas cotações spot na primeira semana de agosto.

No radar da semana: em primeiro lugar, o CPI de julho nos EUA (terça-feira); em segundo lugar, a definição sobre a trégua tarifária EUA-China (terça-feira); e, em terceiro lugar, a cúpula Trump-Putin (sexta-feira, Alasca). Esses eventos podem mexer em juros, dólar e commodities, condicionando o apetite a risco global.

Em síntese, o viés é de cautela tática. Os mercados calibram não apenas a probabilidade de cortes do Fed ainda em 2025, como também acompanham o desfecho geopolítico. Para o investidor local, a abertura deve refletir esse quadro externo, com curva de juros mais comportada, FX lateral e metais sustentados pelo minério.