Economia

IGP‑M cai 0,77% em julho, desaceleração impulsiona menor queda desde março de 2024

Índice desacelera recuo frente a junho, proporcionando alívio parcial para contratos indexados como aluguéis e tarifas

IGP-M
Queda de 0,77% do IGP-M em julho mostra desaceleração da deflação e traz impactos moderados para aluguéis e tarifas públicas no país | Crédito: Pixabay

O IGP‑M registrou queda de 0,77% em julho de 2025, conforme divulgado pelo FGV IBRE. Trata-se do segundo recuo consecutivo. Em contrapartida, a contração anterior foi de 1,67% em junho. Dessa forma, o índice indicou desaceleração em relação ao mês anterior, ainda assim ficou acima da expectativa de queda de 0,90%.

Acima de tudo, o recuo foi puxado pela deflação no Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA‑M). Este componente registrou queda de 1,29% em julho, menos intensa que os –2,53% observados em junho. Por outro lado, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC‑M) acelerou ligeiramente, de 0,22% para 0,27%. A aceleração reflete alta em segmentos como educação, recreação e despesas diversas.

Além disso, o componente de custo da construção (INCC‑M) desacelerou levemente, passando de alta de 0,96% em junho para 0,91% em julho.

Com o resultado, o IGP‑M acumula queda de 1,70% no ano até julho. No entanto, ainda registra alta de 2,96% nos últimos 12 meses. Sem dúvida, o índice é largamente utilizado como referência para reajuste de aluguéis, tarifas públicas e contratos de prestação de serviços. Isso destaca sua relevância imediata para famílias e empresas no Brasil.

Para quem paga aluguel ou tarifas, o que muda?

A queda menor que a esperada do IGP‑M pode indicar que reajustes previstos pelos índices ligados à economia ainda devem ser moderados. Isso afetará os próximos contratos de aluguel e tarifas de serviços públicos.

Apesar da deflação ao produtor, a aceleração do IPC-M sugere que os preços ao consumidor continuam pressionados, especialmente em alimentação e serviços. Como resultado, isso pode levar a reajustes em contratos baseados em inflação.

Por fim, o menor ritmo de recuo em insumos da construção e matérias-primas impacta custos logísticos e produtivos. Dessa maneira, afeta desde custos de energia até contratos de serviços indexados ao IGP-M. Sendo assim, exige atenção de consumidores e gestores contratantes.