O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (4) que o recente movimento de queda do dólar “ajuda muito” no combate à inflação.
Além disso, o ministro previu que as ações do Banco Central e do governo devem auxiliar na melhora dos indicadores econômicos.
Em entrevista a jornalistas, o ministro disse que o BC terá tempo para analisar o prazo necessário de juros restritivos para baixar a inflação. Ele ressaltou ainda que o novo sistema de meta contínua permite uma melhor acomodação e maior racionalidade na condução da política monetária.
Haddad também comemorou a queda do dólar para o patamar de R$ 5,80. A moeda chegou a bater R$ 6,20.
“O dólar estava R$ 6,10 e está R$ 5,80, isso já ajuda muito […] com a ação do Banco Central e a ação do Ministério da Fazenda, essas variáveis macroeconômicas se acomodam em outro patamar e isso certamente vai favorecer”, pontuou.
Nesta terça-feira (4), o BC publicou a ata do COPOM (Comitê de Política Monetária) com uma análise detalhada do atual cenário econômico, em reflexo aos riscos inflacionários e sobre a postura necessária para a condução da política monetária, após a decisão que elevou a taxa básica de juros Selic em 1,00 p.p. a 13,25%.
No documento, os dirigentes mantiveram a orientação de um novo aumento de 1 ponto percentual na próxima reunião, em maio, o que levaria a taxa básica de juros Selic a 14,25%.