Nesta quarta-feira, 31 de janeiro, o Federal Reserve (banco central dos Estados Unidos) optou pela manutenção do intervalo da taxa de juros (fed funds) no patamar de 5,25% a 5,50% ao ano.
O Comitê de Política Monetária do Fed (FOMC) não sinalizou quando a autarquia poderá iniciar o ciclo de cortes de juros. O banco central norte-americano afirmou que os dados recentes sugerem que a atividade econômica se expandiu a um ritmo sólido e que os ganhos de emprego moderaram-se desde o início do ano passado, mas permanecem fortes.
A taxa de desemprego, por sua vez, permaneceu baixa, enquanto a inflação continua elevada, apesar das quedas ao longo de 2023. Gustavo Sung, economista-chefe da Suno Research, afirmou que a expectativa, caso não haja choques que pressionem a inflação, é de uma desaceleração dos preços ao longo dos próximos meses, com uma inflação se aproximando da meta no terceiro trimestre deste ano.
"Esse cenário seria um gatilho para o início de corte na taxa de juros entre maio e junho deste ano", aponta. Para Danilo Igliori, economista-chefe da Nomad, existem duas mensagens principais na decisão de hoje.
"De um lado, temos a sinalização de que o ciclo de alta de fato foi encerrado e que agora a missão está em se preparar para começar a cortar os juros. De outro, [os membros do Fed] ressaltam a necessidade de ter cuidado para não fazer movimentos de forma precipitada. Minha leitura é de que o FOMC quis enfraquecer a percepção de que já estão prontos para cortar em março", antecipa Danilo Igliori economista-chefe da Nomad.