Meta Platforms divulgou ontem (30) seus resultados financeiros do segundo trimestre. A receita atingiu US$ 47,52 bilhões, crescendo 22% ano a ano. Além disso, o lucro por ação (EPS) alcançou US$ 7,14, superando as estimativas de consenso (US$ 5,89). Como resultado, as ações dispararam quase 12% no after‑hours, levando os papéis da companhia a patamares recordes.
O CEO Mark Zuckerberg destacou que os avanços em inteligência artificial impulsionaram estes resultados. De acordo com ele, ferramentas como Advantage+ e personalização baseada em IA ampliaram a eficiência dos anúncios. Em consequência, a receita publicitária subiu para US$ 46,6 bilhões no trimestre. Sem dúvida, o crescimento em engajamento, especialmente em Reels e Threads, também contribuiu significativamente.
Apesar dos números positivos, a Meta elevou substancialmente seus custos de capital (capex). Estes atingiram US$ 17,01 bilhões no trimestre, com projeção para o ano ajustada para até US$ 72 bilhões. A princípio, a maior parte destes recursos está voltada à infraestrutura de IA, incluindo data centers e contratação de talentos de elite do setor.
Os investidores reagiram positivamente a esses resultados. Acima de tudo, eles demonstram confiança na capacidade da Meta de equilibrar margens elevadas (acima de 40%) com altos investimentos. Além disso, a empresa revisou para cima suas estimativas de despesas totais e capex para 2025, antecipando uma maior escala de operações em 2026.
Mesmo com a divisão Reality Labs ainda em posição deficitária e com receita modesta — incluindo os óculos AI da Ray‑Ban —, Zuckerberg defendeu sua visão de longo prazo. Por certo, ele afirma que o metaverso e os dispositivos integrados serão diferenciais competitivos no futuro.
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Perspectivas futuras da Meta
A trajetória de superação de expectativas da Meta não é nova. Em outras palavras, o resultado de Q2 reforça uma sequência de trimestres com performance acima das previsões de mercado. Isto está alinhado ao plano estratégico de priorizar a IA sobre outras frentes, como o metaverso tradicional.
A companhia continua a intensificar sua ofensiva em IA. Nesse sentido, aportou US$ 14,3 bilhões na Scale AI e lançou o Superintelligence Lab. Este último é liderado pelo fundador da startup, a fim de desenvolver sistemas com capacidade de auto‑aperfeiçoamento.
Enquanto os resultados refletem ganhos operacionais sólidos, muitos analistas ainda monitoram de perto a situação. Por outro lado, eles questionam se a adoção dos produtos IA — especialmente no WhatsApp e nas ferramentas de conversão — será suficiente para justificar os bilhões investidos e sustentar o ritmo de crescimento adiante.
Com receita esperada entre US$ 47,5 e 50,5 bilhões no terceiro trimestre de 2025, a Meta busca manter o impulso financeiro. No entanto, terá que gerenciar cuidadosamente sua estrutura de custos para preservar margens e expectativa de rentabilidade.
A performance de mercado após os resultados deixou claro que, por enquanto, investidores apostam no retorno sobre os investimentos em IA. Em conclusão, eles acreditam que estes compensarão os elevados dispêndios — mas o fator decisivo será a efetiva monetização das inovações nos próximos trimestres.
