Lula e Von Der Leyen vão ao Uruguai para participar da Cúpula do Mercosul

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, embarca nesta quinta-feira (5) para o Uruguai, onde participa da reunião de Cúpula do Mercosul, marcada para ocorrer em Montevidéu na sexta-feira (6).

Sua presença na reunião, que até então era incerta, agora se confirma, com a expectativa de que o aguardado acordo de livre comércio entre a União Europeia (UE) e o Mercosul seja finalmente anunciado, após vinte e cinco anos de negociações intensas.

Comitiva europeia rumo ao Uruguai: Maros Sefcovic acompanha Von Der Leyen

Além de Ursula von der Leyen, a comitiva da União Europeia (UE) rumo ao Mercosul inclui Maros Sefcovic, o recém-nomeado comissário de Comércio da UE, que também vai fazer parte das discussões em Montevidéu.

A presença de Von Der Leyen na cúpula tem sido considerada como um marco nas negociações, que haviam se arrastado por décadas, e enfrentou obstáculos técnicos e políticos, principalmente em relação às questões ambientais e industriais, as quais ainda precisam de consenso entre os países envolvidos.

Acordo UE-Mercosul: Divergências quase superadas

Nas últimas semanas, as negociações do tratado de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul entraram em sua fase final.

Durante uma rodada decisiva de conversas realizadas em Brasília na semana passada, as divergências que anteriormente giravam em torno de cinco ou seis pontos foram reduzidas para apenas dois.

Segundo fontes próximas às negociações, “um ponto e meio” ainda precisa ser resolvido, com um dos pontos considerado mais sensível do que o outro.

No entanto, as discussões técnicas já foram esgotadas, e agora se espera uma decisão na mais alta esfera política, o que envolve diretamente a presidente da Comissão Europeia e os líderes dos países do Mercosul.

Uma vez superadas as questões políticas e com o aval de Ursula von der Leyen, o acordo de livre comércio vai ser submetido a uma revisão jurídica e a uma tradução oficial para todos os idiomas da União Europeia.

Após isso, o tratado segue para a deliberação no Conselho Europeu, onde precisa ser aprovado por 55% dos países-membros, que representem pelo menos 65% da população do bloco europeu.