O JP Morgan elevou sua recomendação para ações brasileiras de “neutra” para “compra”. De acordo com o banco, fatores como a expectativa de um dólar mais fraco, valuations atrativos e a recuperação da economia chinesa chamaram atenção. A mudança, classificada como tática, reflete uma visão otimista sobre o mercado brasileiro no curto prazo.
Entre os motivos citados, o banco aponta a possibilidade de fim antecipado do ciclo de alta da Selic, com projeção de taxa terminal de 15,25% em junho. Além disso, a valorização do real e a desaceleração da economia dos EUA, com crescimento estimado de 1% em 2025, contribuem para um cenário favorável aos mercados emergentes.
O JP Morgan também destaca a recuperação da economia chinesa, revisando a projeção de crescimento do PIB de 3,9% para 4,3% em 2025. Esse movimento tende a atrair mais investimentos para países emergentes, beneficiando o Brasil.
Setores preferidos e perspectivas
Por fim, o banco recomenda exposição a setores como bancos, utilities (energia e saneamento) e empresas com perfil de “bond proxies“. Setores que oferecem estabilidade e retornos consistentes. Esses setores tendem a se beneficiar em um cenário de queda de juros e maior fluxo de capital estrangeiro.
Apesar do otimismo, o JP Morgan ressalta que a mudança de recomendação é tática, não estrutural, devido a desafios fiscais persistentes no Brasil. Ainda assim, o banco vê oportunidades no mercado brasileiro, especialmente com a possibilidade de mudança de governo nas eleições de 2026, o que poderia impulsionar reformas estruturais e atrair mais investimentos.