O Federal Reserve (Fed) pode iniciar o ciclo de cortes de juros já na reunião de setembro, segundo analistas. A princípio, o presidente do Fed, Jerome Powell, indicou que a inflação está se aproximando da meta de 2% e que o mercado de trabalho mostra sinais de desaceleração. Sem dúvida, estes fatores justificam uma redução na taxa básica de juros.
Durante o simpósio de Jackson Hole, Powell afirmou que “chegou o momento de ajustar a política monetária“. Com toda a certeza, esta declaração reforça a expectativa de que o primeiro corte de juros ocorra em setembro. Nesse sentido, o mercado agora debate a magnitude do corte, com apostas divididas entre 0,25 e 0,50 ponto percentual.
A ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) revelou um posicionamento claro. Em outras palavras, a maioria dos membros considera apropriado iniciar os cortes de juros em setembro, desde que os dados econômicos continuem alinhados com as expectativas.
Impactos nos mercados globais
A possibilidade de cortes de juros nos EUA gera grandes repercussões no mercado brasileiro. Por um lado, uma política monetária mais flexível tende a enfraquecer o dólar, o que pode beneficiar o real brasileiro. Por outro lado, ativos de risco, como ações e commodities, tendem a se valorizar diante de um ambiente de juros mais baixos.
No entanto, a decisão do Fed dependerá da evolução dos indicadores econômicos, especialmente os dados de inflação e emprego. Assim sendo, o próximo relatório de empregos (Payroll) será crucial para definir os próximos passos da política monetária americana.