O governo dos Estados Unidos implementará, a partir de 1º de agosto, uma tarifa de 25% sobre produtos importados da Índia. Além disso, aplicará penalidade adicional relacionada ao comércio com energia e equipamentos militares russos. A decisão surge após o fracasso das negociações sobre acordo comercial bilateral até o prazo limite.
A fim de compreender o contexto, a tarifa integra a estrutura adotada na chamada “Liberation Day“. Em primeiro lugar, estabeleceu-se uma alíquota base de 10% para quase todos os países. Em seguida, definiram-se tarifas específicas sobre 60 economias, entre elas a Índia. Como resultado, o recuo comercial e o comportamento tarifário resultaram em uma tarifa total de até 26% sobre diversas categorias de produtos no país asiático.
No que diz respeito aos setores afetados, o pacote tarifário americano atingirá automóveis, autopeças, metais, smartphones, módulos solares, frutos do mar, joias e alimentos processados. Por outro lado, produtos considerados estratégicos para os EUA, como fármacos, semicondutores e energia, foram excluídos dessa imposição.
A decisão repercutiu imediatamente nos mercados. Sem dúvida, a roupia indiana recuou mais de 0,5%, chegando a 86,23 INR por dólar — menor patamar em quatro meses. Essa queda intensificou-se pelo fluxo de saída de capital estrangeiro da bolsa local, uma vez que investidores reavaliam o risco associado ao cenário comercial.
Apesar disso, o governo da Índia busca uma solução diplomática e mantém negociações. A fim de viabilizar um acordo comercial, as conversas continuarão até setembro ou outubro. No entanto, antes do vencimento da tarifa em 1º de agosto, não houve avanço substancial nas discussões.