O governo chinês anunciou uma nova rodada de estímulos econômicos com foco no consumo interno e na recuperação do setor imobiliário. As autoridades cortam 50 pontos-base na reserva compulsória dos bancos e liberam cerca de 1 trilhão de yuan em liquidez. Além disso, reduzem as taxas de juros e facilitam crédito para imóveis.
A iniciativa contempla, acima de tudo, apoio direto ao consumo. O pacote visa elevar os rendimentos das famílias, aumentar a confiança e facilitar acesso a crédito para setores como turismo, varejo e serviços. Pela primeira vez, o plano inclui a estabilidade do mercado de capitais e imobiliário como pilares para sustentar o crescimento interno.
Entre os instrumentos anunciados estão, por exemplo, linhas de crédito subsidiadas para habitação. Bem como ajustes nos critérios de financiamento imobiliário e mecanismos para atrair fundos de pensão e seguros ao mercado acionário. O governo busca, dessa forma, resgatar o dinamismo dos setores mais afetados e evitar novas quedas no mercado imobiliário.
Os mercados locais reagiram positivamente de imediato. As bolsas chinesas subiram, juntamente com os preços de commodities, impulsionados pela perspectiva de retomada da demanda. Para investidores em mercados emergentes, sobretudo em commodities, o movimento sinaliza uma oportunidade de realocação de capital.
Como a nova rodada da China afeta o seu bolso?
No curto prazo, o estímulo monetário promove liquidez e impulsiona preços internacionais de commodities como minério e petróleo. Em consequência disso, exportadores brasileiros se beneficiam. A valorização desses ativos repercute positivamente nos setores de mineração, energia e infraestrutura.
Além disso, o aumento da demanda doméstica na China favorece ações de empresas brasileiras exportadoras de insumos industriais e agrícolas. Empresas ligadas à cadeia de commodities, como siderúrgicas e agroexportadoras, tendem a ver reforço de receita.
Por fim, a redução do risco externo e o estímulo à economia chinesa podem melhorar o apetite global por ativos emergentes. Assim sendo, ETFs setoriais ou de renda variável com exposição ao Brasil ganham atratividade.