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Dólar Turismo: cotação supera R$ 6,25 e impacta viagens ao exterior, com pressão cambial após governo Lula anunciar reajustes na isenção do IR

Nos principais centros de câmbio do Rio de Janeiro e São Paulo, a moeda americana subiu consideravelmente

Dólar turismo
Reprodução

A cotação do dólar turismo registrou uma alta histórica nesta quinta-feira (28). Ela aconteceu após o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciar um pacote para economizar R$ 70 bilhões até 2026.

Por volta das 11:15, a moeda subia 1,24% a R$ 6,025. Ao fim do dia, encerrou as negociações em R$ 6,043 (compra) e em R$ 6,223 (venda).

Essa reação que eleva o câmbio se deve a divulgação da isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, previsto no pacote fiscal do governo.

De acordo com a Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Unafisco Nacional), com o novo regramento, 36 milhões de brasileiros estariam isentos da tributação.

Isso representa 78,2% dos 46 milhões de contribuintes do país.

Em outubro, a entidade havia sugerido, em nota técnica encaminhada ao governo federal, a tributação de 5% sobre lucros e dividendos para compensar a medida.

Para compensar a redução de arrecadação com a isenção, o governo propôs o aumento da tributação para os super-ricos, ou seja, para quem tem uma renda superior a R$ 50 mil por mês.

Diante disso, os principais centros de câmbio do Rio de Janeiro e São Paulo registraram alta considerável na moeda norte-americana, o que reflete diretamente nas compras de quem planeja viajar para o exterior.

O que é o dólar turismo?

O dólar turismo é a cotação do dólar americano. Esta taxa é aplicada para quem vai viajar para o exterior ou realizar compras internacionais. Tanto em espécie, em cartão pré-pago ou em cheques de viagem.

Assim, ele é diferente do dólar comercial. Este é a cotação usada pelas instituições financeiras para negociações em grande escala, como transações entre empresas ou governos.

A principal característica do dólar turismo é que ele costuma ser mais caro do que o dólar comercial. Isso ocorre devido aos custos adicionais envolvidos nas operações de câmbio, como impostos, tarifas bancárias e a margem de lucro das casas de câmbio. Além disso, existem outros custos administrativos, como a garantia de notas novas e autênticas para o consumidor.