
Na última quarta-feira (23), o dólar comercial fechou com variação de -0,8%, valendo R$5,5212. Isso aconteceu após ter começado o dia cotado a R$5,5653.
O dólar iniciou esta quinta-feira (24) cotado a R$5,5212. A fim de acompanhar as movimentações do mercado, siga nossa análise diária.
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Agenda de hoje – quinta, 24 de julho de 2025
Exterior
- 04h30 – Alemanha – PMI Industrial (jul)
- 05h00 – Zona do Euro – PMI Composto (jul)
- 09h15 – Zona do Euro – Decisão da Taxa de Juros (jul)
- 09h30 – EUA – Pedidos Iniciais por Seguro-Desemprego (semanal)
- 10h45 – EUA – PMI Composto (jul)
Brasil
- 09h00 – Fazenda, Bacen e Orçamento: Reunião do CMN
Desempenho das moedas na sessão anterior
Na última quarta (23), o dólar comercial (compra) fechou com queda de 0,8%. Com isso, a moeda foi cotada a R$5,5220, após ter iniciado o dia a R$5,5630.
O que influencia o dólar hoje?
O dólar hoje reflete um cenário externo repleto de eventos importantes. Por um lado, a nova rodada de negociações entre Estados Unidos e União Europeia anima o mercado. Por outro lado, as recentes declarações de Trump e o ambiente geopolítico mais tenso geram preocupações.
O presidente norte-americano voltou a mirar o Brasil em suas críticas. Além disso, mantém firme a ofensiva tarifária contra países aliados. Nesse meio tempo, investidores monitoram os dados de atividade econômica nos EUA e a decisão de juros do Banco Central Europeu.
Em virtude desse pano de fundo, o comportamento do dólar hoje tende a refletir a combinação entre risco político, indicadores econômicos e movimentos coordenados entre as principais economias globais.
Mercado aguarda balanços e guerra comercial segue no radar
Os índices futuros de Nova York operam sem direção clara nesta quinta-feira. Isso ocorre enquanto investidores ponderam os últimos balanços corporativos e os sinais de reaproximação entre EUA e União Europeia.
O mercado ainda digere relatos de que um acordo tarifário está sendo costurado entre as duas potências. Como resultado, parte das tensões recentes pode ser aliviada. Ainda assim, a instabilidade permanece, especialmente após Trump intensificar sua retórica contra parceiros comerciais estratégicos.
Essa indefinição se reflete no desempenho dos principais índices. Às 7h35, os futuros do Dow Jones caíam 0,3%. Ao mesmo tempo, o Nasdaq subia 0,2% e o S&P 500 seguia estável.
Bolsas americanas sobem com expectativa de pacto EUA-UE
Na véspera, o S&P 500 fechou em nova máxima histórica. Além disso, o Nasdaq superou os 21.000 pontos pela primeira vez. Sem dúvida, o movimento foi impulsionado por notícias sobre avanços em um possível acordo comercial entre Washington e Bruxelas.
De acordo com o Financial Times, as negociações caminham para a adoção de uma tarifa padrão de 15% sobre produtos da UE. A Bloomberg confirmou a informação, fortalecendo assim o sentimento positivo nos mercados.
O acordo ocorre na esteira do anúncio de Trump sobre uma tarifa semelhante firmada com o Japão.
Trump mira o Brasil e impõe novo teste ao dólar hoje
Em evento sobre inteligência artificial em Washington, Trump endureceu o discurso contra países que, segundo ele, “tratam mal os EUA“. Ele citou diretamente o Brasil, criticando o governo Lula por supostamente perseguir Jair Bolsonaro.
O republicano reafirmou que o prazo para encerrar acordos comerciais com países não alinhados é 1º de agosto. Por causa disso, as tarifas podem chegar a 50% em alguns casos, o que reacendeu alertas entre exportadores brasileiros.
O ministro Fernando Haddad afirmou que o plano de contingência já está pronto. Em seguida, mencionou que será apresentado a Lula nos próximos dias.
O câmbio segue atento a esses desdobramentos.
Indicadores nos EUA testam fôlego da economia americana
Nesta quinta-feira, o destaque nos EUA é a prévia dos PMIs de julho, medidos pela S&P Global. O mercado projeta leve recuo no PMI industrial (de 52,9 para 52,7). Em contrapartida, o de serviços pode subir de 52,9 para 53,0.
Apesar da nova rodada de tarifas e da tensão comercial com aliados, a economia americana tem mostrado resiliência. O varejo segue aquecido. Além disso, a confiança do consumidor se mantém firme. Por fim, os temores inflacionários ainda não se materializaram com força.
Com o mercado acionário renovando recordes, os dados de hoje devem reforçar a leitura de que a atividade segue em expansão.
Decisão do BCE deve manter juros e sinalizar cautela
O Banco Central Europeu divulga hoje sua decisão de política monetária. A maioria dos analistas espera manutenção da taxa de depósito em 2%. Isso ocorre após o corte de 25 pontos-base em junho — o oitavo em doze meses.
A decisão vem em meio à instabilidade das relações com os EUA. Como consequência, a autoridade monetária deve adotar um tom mais cauteloso. É importante lembrar que o BCE já havia sinalizado que julho seria uma pausa nos cortes. Isso porque aguarda maior clareza sobre o cenário inflacionário e o impacto da guerra comercial.
Por fim, o foco estará nas falas de Christine Lagarde, que podem indicar os próximos passos do BCE até o fim do ano.