Na sexta-feira (05), o dólar comercial fechou com variação de -0,6%, valendo R$5,4107, após ter começado o dia cotado a R$5,4452.
O dólar iniciou esta segunda-feira (08) cotado a R$5,4157.
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Confira a cotação do dólar em tempo real
Agenda de hoje – segunda, 08 de setembro de 2025
Exterior
- 00h00 – China – Balança comercial (ago)
- 03h00 – Alemanha – Produção industrial (jul)
- 07h00 – França – Índice de preços ao consumidor (ago)
- 16h00 – EUA – Crédito ao consumidor (jul)
Brasil
- 08h00 – FGV: IGP-DI (ago)
- 08h00 – FGV: Índice de preços ao consumidor (semanal)
- 08h25 – BC: Boletim Focus (semanal)
- 15h00 – Secex: Balança comercial (semanal)
Desempenho das moedas na sessão anterior
Na sexta (05), o dólar comercial (compra) fechou com variação de -0,6%, cotado a R$5,4123, após ter começado o dia cotado a R$5,4467.
O que influencia o dólar hoje?
A semana será marcada pela divulgação dos índices de preços ao consumidor nos EUA (CPI) e no Brasil (IPCA), fundamentais para calibrar apostas sobre política monetária. Ao mesmo tempo, a atenção política doméstica recai sobre o julgamento do núcleo golpista crucial.
No exterior, os investidores acompanham o desempenho das bolsas após o payroll fraco nos EUA, a recuperação da indústria na Alemanha e incertezas políticas no Japão. O petróleo voltou a subir mais de 2%, apoiado pelo receio de novas sanções dos EUA à Rússia.
No Brasil, mesmo com o otimismo externo, os mercados mostram postura defensiva. A instabilidade política e fiscal, somadas a juros ainda elevados, limitam o apetite por risco. O presidente Lula reforçou o compromisso com os EUA em negociações diplomáticas.
Semana de divulgação de dados de inflação no Brasil e nos EUA
Os índices de preços ao consumidor ganham destaque nesta semana. O CPI americano ajudará a calibrar apostas sobre os próximos passos do Fed, especialmente após os sinais negativos vindos do payroll de agosto.
No Brasil, a divulgação do IPCA definirá o tom para as expectativas de política monetária e influenciará diretamente a curva de juros. O comportamento dos preços de serviços será monitorado de perto.
Ambos os indicadores são cruciais para definir o espaço de cortes de juros nas duas economias, afetando câmbio e fluxo de capitais.
Payroll fraco e repercussões globais
O payroll abaixo do esperado reforçou a percepção de desaquecimento do mercado de trabalho americano. Isso reduziu a pressão imediata por juros mais altos, embora o Fed siga cauteloso.
Bolsas europeias reagiram de forma positiva, mas em Nova York o movimento foi mais contido, refletindo dúvidas sobre a força da economia.
O dado mantém a volatilidade elevada, já que investidores aguardam a combinação entre o CPI e os próximos discursos de dirigentes do Fed.
Petróleo e sanções à Rússia
O petróleo subiu mais de 2% diante do temor de que os EUA adotem novas sanções contra a Rússia, em meio à indefinição sobre a produção da Opep+.
Esse movimento amplia a pressão sobre custos industriais e reforça preocupações com a inflação global, especialmente na Europa e nos EUA.
Para o Brasil, a alta do petróleo pode gerar impacto positivo sobre exportações e receitas da Petrobras, mas também pode pressionar os combustíveis internamente.
Brasil : câmbio, juros e risco político
O mercado local deve seguir em compasso de espera, refletindo o ambiente externo e o noticiário político doméstico. O EWZ recuava levemente em NY, sinalizando cautela de investidores estrangeiros.
A expectativa sobre o julgamento do núcleo golpista e a tramitação de propostas no Congresso adicionam incerteza, o que tende a elevar prêmio de risco.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a falar sobre o juro real muito elevado e os riscos que a atual política monetária representa para a economia.
Relações diplomáticas e confiança dos investidores
Apesar das tensões internas, o presidente Lula afirmou em reunião que a relação entre Brasil e EUA está em boa fase. Essa sinalização busca reduzir ruídos em um ambiente de instabilidade política.
O alinhamento diplomático é visto como forma de preservar o comércio bilateral e manter diálogo em meio a eventuais sanções externas.
Ainda assim, a confiança dos investidores permanece dependente de sinais mais claros sobre a política fiscal e sobre a previsibilidade do Congresso.
China emite mais sinais de desaceleração
Dados oficiais indicam que o país asiático registrou um superávit comercial superior a US$102,3 bilhões em agosto. Embora à primeira vista o número pareça positivo, na verdade ele sugere desaceleração da economia chinesa.
As importações, que haviam crescido cerca de 4,1% em julho, desaceleraram para 1,3% em agosto, em termos anuais. O percentual ficou muito abaixo da expectativa do mercado, que esperava por um crescimento de 3,0%.
As exportações também perderam ritmo e registraram crescimento de 4,4% ante variação anualizada de 7,2% em julho.