Na segunda-feira (08), o dólar comercial fechou com variação de 0,1%, valendo R$5,4215, após ter começado o dia cotado a R$5,4157.
O dólar iniciou esta terça-feira (09) cotado a R$5,4198.
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Confira a cotação do dólar em tempo real
Agenda de hoje – terça, 09 de setembro de 2025
Exterior
- 06h30 – África do Sul – PIB (2º tri)
- 11h00 – EUA – Revisão anual do payroll
- 18h00 – Chile – Decisão de política monetária
- 22h30 – China – Índice de preços ao consumidor (ago)
- 22h30 – China – Índice de preços ao produtor (ago)
Brasil
- 05h00 – Fipe: Índice de preços ao consumidor (semanal)
- 08h00 – FGV: Índice de preços ao consumidor (semanal)
- 10h00 – CNI: Indicadores industriais (jul)
- 10h00 – Anfavea: Produção e venda de veículos (ago)
- 11h30 – BC: oferta de até 40 mil contratos (US$ 2 bilhões) de swap, em rolagem
Desempenho das moedas na sessão anterior
Na segunda (08), o dólar comercial (compra) fechou com variação de 0,1%, cotado a R$5,4167, após ter começado o dia cotado a R$5,4206.
O que influencia o dólar hoje?
A agenda doméstica desta terça-feira é esvaziada em termos de indicadores, com atenção voltada para o cenário político. No campo econômico, destaque para a divulgação da produção de veículos pela Anfavea e, no exterior, para o payroll dos EUA e os dados de inflação da China.
Os mercados internacionais operam em compasso de espera. Investidores monitoram a revisão do relatório de emprego nos EUA. Em agosto, os dados vieram abaixo do esperado. O mercado monitora também as tensões políticas na França e no Japão. O petróleo avança, impulsionado por possíveis novas sanções à Rússia, enquanto as importações de commodities pela China permanecem firmes.
No Brasil, a valorização do minério de ferro e do petróleo tende a sustentar o Ibovespa, mas incertezas políticas e fiscais podem limitar ganhos. Juros e câmbio seguem sensíveis a esse ambiente, enquanto agentes financeiros mantêm postura cautelosa.
Revisão do payroll dos EUA e expectativas de juros
O relatório oficial de emprego dos EUA em agosto trouxe resultado abaixo do esperado, reforçando apostas de cortes de juros adicionais até o final de 2025.
Apesar disso, os números também levantaram preocupações sobre desaceleração da economia americana, o que mantém a leitura ambígua entre alívio inflacionário e risco de crescimento mais fraco.
A reação do mercado tende a ser calibrada ao longo do dia, já que o payroll é peça central para o debate de política monetária no Fed.
Crise política e fôlego corporativo na Europa
Na Europa, investidores acompanharam o voto de desconfiança que derrubou o governo francês do primeiro-ministro François Bayrou, em meio a discussões sobre fusões corporativas.
A incerteza política pesa sobre a confiança, mas fusões e aquisições ainda oferecem suporte parcial às bolsas.
Esse ambiente de instabilidade reduz a margem de manobra do BCE, que já enfrenta pressões com inflação resiliente e atividade estagnada.
Ásia: instabilidade no Japão e resiliência da China
As bolsas asiáticas fecharam sem direção única após a renúncia do primeiro-ministro japonês Shigeru Ishib, o que elevou a percepção de risco político na região.
A renúncia aumenta a incerteza sobre políticas de crescimento e estabilidade cambial no Japão, refletindo em maior volatilidade nos ativos locais.
Por outro lado, a China mostrou importações sólidas de commodities em agosto, sustentando expectativas de demanda firme, mesmo com sinais de arrefecimento industrial e da demanda interna.
Commodities em alta
O petróleo avançou em meio a especulações sobre novas sanções dos EUA contra a Rússia e expectativa de maior demanda chinesa.
Esse movimento amplia o suporte ao setor de energia e beneficia exportadores, como o Brasil, ao mesmo tempo em que pressiona custos globais de produção.
O minério de ferro também teve valorização acima de 2% nesta terça-feira, favorecendo empresas ligadas ao setor e adicionando fôlego ao Ibovespa.
Ibovespa, juros e risco político
O avanço das commodities e dos futuros de NY pode estimular o Ibovespa, mas os investidores mantêm cautela.
O julgamento no STF e o temor de eventuais sanções americanas elevam o prêmio de risco e podem limitar ganhos no mercado local.
Juros e câmbio devem refletir esse equilíbrio entre impulso externo positivo e ruídos políticos internos, mantendo a volatilidade alta.