Segunda-feira (6)

IPCA, ata do Fed e tensão política global dominam o foco dos mercados

Na sexta-feira (03), o dólar comercial fechou com variação de -0,1%, valendo R$5,3353, após ter começado o dia cotado a R$5,3394.

Dólar hoje
Na sexta-feira (03), o dólar comercial fechou com variação de -0,1%, valendo R$5,3353, após ter começado o dia cotado a R$5,3394.

Na sexta-feira (03), o dólar comercial fechou com variação de -0,1%, valendo R$5,3353, após ter começado o dia cotado a R$5,3394.

O dólar iniciou esta segunda-feira (06) cotado a R$5,3353.

Acompanhe nossa análise diária.

Confira a cotação do dólar em tempo real

Agenda de hoje – segunda, 06 de outubro de 2025

Exterior

  • 06h00 – Zona do Euro – Vendas no varejo (ago)
  • 07h00 – França – Índice de preços ao consumidor (ago)

Brasil

  • 08h25 – BC: Boletim Focus (semanal)
  • 15h00 – Secex: Balança comercial (set)

Desempenho das moedas na sessão anterior

Na sexta (03), o dólar comercial (compra) fechou com variação de -0,1%, cotado a R$5,3353, após ter começado o dia cotado a R$5,3388.

O que influencia o dólar hoje?

O IPCA de setembro, que será divulgado nesta semana, é o principal termômetro para as apostas sobre os próximos passos do Copom. O mercado espera um dado ainda contido, reforçando a leitura de inflação sob controle no curto prazo.

Uma leitura mais benigna pode aliviar a pressão sobre a curva de juros, mas os economistas ainda veem dificuldades estruturais no controle dos preços administrados. Serviços e alimentação continuam como pontos de atenção.

A inflação moderada reforça a percepção de que a Selic deve permanecer em 15% por mais tempo, consolidando a postura conservadora do Banco Central em meio às incertezas fiscais.

Mercado à espera da ata da última reunião de política monetária do Fed

No exterior, o foco recai sobre a ata da reunião do Federal Reserve de setembro e sobre os discursos do presidente Jerome Powell. O mercado busca sinais sobre o ritmo de cortes de juros após a primeira redução no mês passado.

Os rendimentos dos Treasuries continuam em queda moderada, refletindo a expectativa de política monetária mais branda. Ainda assim, dirigentes do Fed reforçam a necessidade de prudência diante do cenário fiscal dos EUA.

A paralisação do governo americano, que suspendeu a divulgação de dados econômicos, dificulta a leitura completa da atividade. Esse fator pode atrasar decisões e gerar ruído nas projeções de inflação e crescimento.

Mais um imbróglio político na Europa

Na Europa, as bolsas operam em baixa, lideradas por Paris, após o ministro da Defesa da França, Sébastien Lecornu, renunciar ao cargo. A crise reaquece o debate sobre a estabilidade política no país e pressiona o euro.

O enfraquecimento da segunda maior economia da zona do euro amplia o desafio do Banco Central Europeu, que tenta equilibrar juros relativamente elevados e crescimento fraco. O BCE deve manter tom cauteloso em suas próximas comunicações.

Com a aversão ao risco em alta, o fluxo de capitais tende a favorecer ativos americanos, mesmo diante do impasse fiscal de Washington. A força do dólar reforça a pressão sobre moedas emergentes, incluindo o real.

Petróleo e mercados asiáticos também dão o tom do mercado nesta segunda

Na Ásia, o destaque é a forte alta da Bolsa de Tóquio, que subiu mais de 5% após o iene se valorizar e aumentar a confiança do mercado local. A escolha da conservadora Sanae Takaichi para liderar o Partido Liberal Democrata reacendeu o otimismo político.

O petróleo também sobe cerca de 2%, impulsionado pelo anúncio da Opep+ de que a produção será ampliada em novembro. Os investidores avaliam que o aumento da oferta, previsto para 137 mil barris por dia, foi mais modesto que o esperado. O movimento reforça o apetite por commodities e dá algum suporte ao real.

Ainda assim, os analistas seguem cautelosos. O cenário global permanece sensível à política americana e à desaceleração da economia chinesa, que segue mostrando dados industriais mais fracos.

Dados da balança comercial brasileira também podem movimentar o mercado hoje

No Brasil, os dados da balança comercial de setembro devem chamar a atenção. Apesar da desaceleração da atividade econômica, espera-se por um volume forte de importações no mês, próximo a 18% em relação ao mesmo mês do ano passado.

O volume de importações, majorado também pela importação de uma plataforma de petróleo, de US$2,3 bilhões, deve refletir em um saldo comercial bastante modesto no mês, de cerca de US$3,0 bilhões.

Com um saldo comercial menor, o país deve registrar o maior déficit em transações correntes da história nos meses de setembro. Se confirmado, o resultado pode renovar o quadro de preocupação com as contas do balanço de pagamentos.