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Dólar hoje: Trump recua e mercado comemora

Decisão de adiar imposição de tarifas sobre produtos europeus impulsiona mercados globais, com bolsas em alta e dólar perdendo força contra principais moedas

Dólar hoje
Dólar opera em queda expressiva após Trump recuar de tarifas sobre produtos europeus, enquanto mercados globais reagem positivamente à trégua comercial | Crédito: Reprodução

O dólar comercial fechou a sexta-feira (23) em queda de 1,21%, cotado a R$ 5,6468, após ter iniciado o dia a R$ 5,7163.

Em resumo, o dólar comercial abriu nesta segunda-feira (26) cotado a R$ 5,6467.

Confira a cotação do dólar em tempo real clicando aqui!

Agenda de hoje — segunda, 26 de maio de 2025

Exterior

  • Dia todo – EUA – Feriado, Dia Memorial
  • 10h30 – Alemanha – Discurso de Nagel, Presidente do Bundesbank
  • 11h30 – Zona do Euro – Discurso de Christine Lagarde, Presidente do BCE

Brasil

  • 08h00 – FGV: Confiança do Consumidor (mai)
  • 08h25 – Bacen – Boletim Focus (semanal)
  • 08h30 – Bacen: Transações Correntes (USD) (abr)
  • 08h30 – Bacen: Investimento Estrangeiro Direto (USD) (abr)

Desempenho das moedas na sessão anterior

Na última sexta (23), o dólar comercial (compra) fechou em queda de 0,3%, cotado a R$ 5,8790, após ter iniciado o dia a R$ 5,8970.

O que influencia o dólar hoje?

Em primeiro lugar, a segunda-feira (26) começa com os mercados globais em clima positivo, impulsionados pela trégua tarifária entre Estados Unidos e União Europeia. O dólar recua levemente frente às principais moedas, refletindo o alívio no cenário externo e a expectativa pelos balanços corporativos.

Além disso, o mercado monitora também a cotação do petróleo e dos metais, após fortes oscilações recentes, e aguarda a reunião da Opep+. No Brasil, dados de transações correntes e investimento estrangeiro estão no radar.

Confira os principais fatores que influenciam o dólar hoje e os movimentos do mercado.

EUA: trégua com Europa anima bolsas

Em segundo lugar, os índices futuros americanos operam em alta expressiva após Trump adiar para julho a imposição das tarifas de 50% sobre produtos europeus.

Às 7h (Brasília), o S&P 500 subia 1,22%, o Nasdaq 100 avançava 1,33% e o Dow Jones ganhava 1,08%.

Juntamente disso, o mercado aguarda também a divulgação dos resultados da Nvidia após o fechamento. A gigante da IA pode surpreender, mesmo com as restrições às vendas para a China.

Europa acompanha clima positivo

Em terceiro lugar, as bolsas europeias sobem com força, impulsionadas pelo alívio nas tensões comerciais entre EUA e UE. Em Frankfurt, o DAX ganha 1,4% e o CAC 40, em Paris, sobe 1%.

Montadoras como Mercedes-Benz, Volkswagen e BMW lideram os ganhos após o adiamento das tarifas americanas.

A austríaca EVN AG também se destaca, com alta de 3% após divulgar resultados robustos e reafirmar projeções otimistas.

Além disso, na Ásia, os mercados tiveram desempenho misto, oscilando entre alívio e cautela com possíveis novas barreiras comerciais.

Petróleo, ouro e metais em foco

Por fim, o petróleo avança levemente, impulsionado pela trégua tarifária. O Brent sobe 0,2%, a US$ 64,93, e o WTI, 0,3%, a US$ 61,69.

O avanço é contido pela expectativa de que a Opep+ eleve a produção em até 411 mil barris por dia na reunião de 1º de junho.

O ouro recua 1,02% após bater recordes, negociado a US$ 3.360,99. Ainda assim, o Citi elevou sua projeção para o metal, citando riscos fiscais e geopolíticos.

Platina e prata acompanham os metais industriais e registram alta de 0,7% e 0,3%, respectivamente.

Dólar recua com alívio externo e fala do Fed

Em contrapartida, o dólar hoje opera em leve baixa frente às principais moedas, com o índice DXY caindo 0,1%, a 98,91 pontos.

A queda reflete o alívio com a trégua comercial e o alerta do presidente do Fed de Minneapolis, Neel Kashkari, sobre os riscos de estagflação.

Kashkari sinalizou que os juros devem permanecer inalterados até, pelo menos, setembro, devido à combinação de incertezas macroeconômicas e choques comerciais.

Brasil: dados externos no radar

Finalmente, o mercado brasileiro acompanha hoje os dados de transações correntes e de investimento estrangeiro direto referentes a abril.

Além disso, a expectativa é de déficit em transações correntes de US$ 2 bilhões no mês, número que reforça o desequilíbrio nas contas externas.

Já o ingresso de investimento direto deve ficar em torno de US$ 4 bilhões, abaixo do ideal para cobrir o déficit externo com segurança.