
O dólar iniciou esta terça-feira (24) cotado a R$5,4965.
Em virtude do alívio nas tensões geopolíticas com o anúncio de cessar-fogo entre Irã e Israel, o dólar hoje começa a terça-feira pressionado para baixo. A menor percepção de risco, por sua vez, favorece o apetite por ativos emergentes.
Com o petróleo em queda e os índices futuros de Nova York em alta, os mercados operam em clima de alívio. No entanto, permanece a atenção sobre a postura do Federal Reserve.
No Brasil, a fim de compor o cenário, a ata do Copom e os dados de confiança do consumidor ajudam a analisar o momento econômico.
Veja a seguir o que está movimentando o dólar nesta terça (24)
Agenda de hoje – terça, 24 de junho de 2025
Exterior
- 05h00 – Alemanha – Índice Ifo de sentimento das empresas (jun)
Brasil
- 08h00 – BC: Ata do Copom
- 08h00 – FGV: Índice de preços ao consumidor Capitais (semanal)
- 08h00 – FGV: Sondagem do consumidor (jun)
Desempenho das moedas na sessão anterior
Na última segunda (23), o dólar comercial (compra) fechou com queda de 0,4%, cotado a R$5,5370, após ter começado o dia cotado a R$5,5030.
Cessar-fogo no Oriente Médio impulsiona os mercados
Os índices futuros de Nova York sobem nesta manhã após o anúncio de cessar-fogo entre Irã e Israel, o que, por conseguinte, reduz a percepção de risco geopolítico no curto prazo.
A trégua foi confirmada pelo presidente dos EUA, que afirmou que o acordo “está em vigor“. Dessa forma, os mercados reagem positivamente e retomam o apetite por risco.
No horário de Brasília (07h40), Dow Jones avançava 0,7%, o S&P 500 subia 0,8% e o Nasdaq 100 ganhava 1,0%.
Petróleo recua com alívio geopolítico
Os contratos futuros de petróleo recuam mais de 3% nesta terça-feira, em resposta direta ao cessar-fogo anunciado entre Irã e Israel.
Durante as últimas semanas, o risco de bloqueio no Estreito de Hormuz pressionou os preços para cima. Agora, uma vez que o risco de interrupção no fornecimento foi reduzido, o mercado ajusta posições.
A queda no petróleo, por fim, ajuda a aliviar pressões inflacionárias e abre espaço para mais otimismo nos mercados.
Foco se volta ao discurso de Powell no Congresso
Jerome Powell inicia hoje sua sabatina no Congresso dos EUA. Nesse sentido, os investidores acompanham de perto qualquer sinal sobre os próximos passos da política monetária americana.
É provável que Powell defenda a manutenção dos juros, citando os efeitos das tarifas comerciais e a incerteza global.
A fala pode mexer com o dólar globalmente, dependendo do grau de sinalização sobre futuros cortes.
Confiança do consumidor recua em junho
O Índice de Confiança do Consumidor da FGV caiu 0,8 ponto em junho, para 85,9 pontos. Em outras palavras, é o primeiro recuo após três meses de alta.
A queda foi puxada principalmente pela percepção negativa sobre a situação financeira e a redução do ímpeto de compras, em meio à alta de juros e endividamento elevado.
O resultado sinaliza um consumidor ainda cauteloso, o que, por sua vez, pode limitar o ritmo da atividade econômica nos próximos meses.
Ata do Copom deve reforçar tom conservador
A ata da última reunião do Copom será divulgada hoje e, sem dúvida, deve detalhar os motivos para a elevação da Selic para 15% ao ano.
O documento deve destacar a persistência da inflação e, além disso, a necessidade de manter os juros altos por mais tempo. O risco fiscal também deve aparecer entre as preocupações.
Com isso, o Banco Central pode reduzir ainda mais as expectativas de corte em 2025, mantendo a política restritiva por mais trimestres.