Na última sexta-feira (25), o dólar comercial fechou com variação de -0,2%, valendo R$5,4121, após ter começado o dia cotado a R$5,4234.
O dólar iniciou esta terça-feira (26) cotado a R$5,4234.
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Confira a cotação do dólar em tempo real
H2: Agenda de hoje – terça, 26 de agosto de 2025
Exterior
- 09h30 – EUA – Pedidos de Bens Duráveis (jul)
- 11h00 – EUA – Confiança do Consumidor CB (ago)
Brasil
- 08h30 – Bacen: Transações Correntes (USD) (jul)
- 08h30 – Bacen: Investimento Estrangeiro Direto (USD) (jul)
- 09h00 – IBGE: IPCA-15 (agp)
Desempenho das moedas na sessão anterior
Na última segunda (25), o dólar comercial (compra) fechou em queda de 0,2%, cotado a R$5,4150, após ter começado o dia cotado a R$5,4310.
O que influencia o dólar hoje?
O dólar hoje reflete um ambiente global mais instável, marcado pela escalada política nos Estados Unidos e pelas expectativas em torno da inflação no Brasil. As atenções se voltam para as tensões envolvendo o Federal Reserve e para a divulgação de novos indicadores econômicos.
No cenário externo, a pressão política sobre o banco central americano aumenta, em um movimento que gera incerteza quanto à condução da política monetária. Investidores também aguardam dados de bens duráveis e confiança do consumidor, enquanto acompanham discursos de dirigentes do Fed.
No Brasil, o destaque é o IPCA-15 de agosto, que pode trazer a primeira deflação desde 2022. A reação a esse dado será decisiva para as projeções de juros e, consequentemente, para a trajetória do câmbio nas próximas semanas.
Pressão política sobre o Fed eleva incertezas
O ambiente ficou mais conturbado após Trump anunciar a exoneração de Lisa Cook, integrante do Comitê do Fed, alegando suspeitas de fraude. A medida intensificou temores de interferência política sobre as decisões de juros.
Cook rejeitou as acusações e afirmou que não renunciaria sob pressão. O episódio aumenta o clima de instabilidade, já que Cook fazia parte do colegiado responsável por definir a taxa básica de juros nos EUA.
A tensão reforça a percepção de risco político, em um momento em que Trump já vinhapressionando Jerome Powell a cortar juros mais rápido, movimento até agora rejeitado pelo presidente do Fed.
Mercado aguarda próximos passos do Fed
O mercado segue atento à reunião de setembro do Fed, onde pode haver um corte de juros. A fala de Powell em Jackson Hole foi vista como relativamente favorável a essa possibilidade.
Nesta terça-feira, investidores analisam dados de bens duráveis e de confiança do consumidor. Também serão divulgados o Case-Shiller de preços de casas e o índice de atividade industrial do Fed de Richmond.
Além disso, Thomas Barkin, presidente do Fed de Richmond, discursará no fim do dia, podendo oferecer novas pistas sobre os rumos da política monetária americana.
Petróleo recua e ouro avança
Os preços do petróleo operam em queda nesta terça-feira, devolvendo parte dos ganhos da véspera. O mercado monitora os desdobramentos da guerra entre Rússia e Ucrânia e o impacto potencial sobre a oferta de energia.
Na segunda-feira, o petróleo havia atingido o maior nível em duas semanas, após ataques ucranianos à infraestrutura russa e a expectativa de novas sanções americanas.
Já o ouro sobe, sustentado pela busca por ativos considerados seguros, em meio às tensões políticas envolvendo o Federal Reserve e a política americana.
IPCA-15 de agosto e dados externos no radar
O destaque no Brasil é o IPCA-15 de agosto, considerado uma prévia da inflação oficial. A expectativa é de deflação de 0,23%, após alta de 0,33% em julho. No acumulado de 12 meses, a taxa deve cair para 4,88%, ainda acima da meta de 4,5%.
Se confirmado, o dado pode reforçar apostas em cortes adicionais da Selic, mas o cenário externo segue sendo um contraponto importante.
O Banco Central também divulga dados do setor externo, como transações correntes e investimento estrangeiro direto, oferecendo mais pistas sobre o fluxo cambial.