Na última quarta-feira (09), o dólar comercial fechou com variação de 2,4%, valendo R$5,5766, após ter começado o dia cotado a R$5,4471.
O dólar iniciou esta quinta-feira (10) cotado a R$5,5766. Sem dúvida, a volatilidade do mercado continua elevada.
Acompanhe nossa análise diária a fim de entender melhor o cenário.
💵Confira a cotação do dólar em tempo real
Agenda de hoje – quinta, 10 de julho de 2025
Exterior
- 03h00 – Alemanha – Índice de preços ao consumidor (jun)
- 09h30 – EUA – Pedidos Iniciais por Seguro-Desemprego (semanal)
Brasil
- 05h00 – Fipe: Índice de preços ao consumidor (semanal)
- 09h00 – IBGE: IPCA (jun)
- 09h00 – IBGE: INPC (jun)
- 09h00 – IBGE: Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (jun)
- 11h30 – BC: oferta de até 35 mil contratos de swap cambial (US$ 1,75 bilhão) em rolagem
Desempenho das moedas na sessão anterior
Na última quarta (08), o dólar comercial (compra) fechou com alta de 1%, cotado a R$5,5030, após ter começado o dia cotado a R$5,4620.
O que influencia o dólar hoje?
O dólar hoje avança com força frente ao real após os Estados Unidos anunciarem uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. A princípio, a medida amplia as tensões entre os dois países e pressiona o mercado local.
Ativos brasileiros operam sob forte aversão ao risco, enquanto empresas listadas em Nova York recuam antes da abertura. Além disso, a volatilidade cambial voltou aos maiores níveis desde abril.
Setores estratégicos como petróleo, aço, aeronaves e carne bovina estão entre os mais impactados. Por causa disso, o mercado reage negativamente.
Acompanhe abaixo os principais efeitos dessa decisão nos mercados.
Nova tarifa de 50% dos EUA pode custar bilhões ao Brasil
A tarifa de 50% sobre produtos brasileiros anunciada por Trump pode gerar perdas bilionárias para o Brasil. Em 2024, os EUA foram destino de US$40,4 bilhões em exportações brasileiras.
Petróleo, ferro, aço e aeronaves estão entre os principais itens afetados. Por exemplo, só o petróleo respondeu por US$7,5 bilhões no ano passado.
A medida entra em vigor em 1º de agosto e terá aplicação automática, sem exceções por setor ou produto. Como resultado, diversos setores da economia brasileira serão impactados simultaneamente.
Exportações de petróleo podem migrar dos EUA para a Ásia
Com a nova tarifa, os EUA podem perder espaço como destino do petróleo brasileiro. Atualmente, compram 11,3% do óleo bruto exportado pelo Brasil.
Esse volume já vinha caindo com o avanço da China, que responde por 46% das compras. No entanto, caso as tarifas se mantenham, a tendência é de maior concentração no mercado asiático.
Carne bovina também está na linha de fogo
A Abiec alertou que as novas tarifas podem prejudicar seriamente o setor de carne bovina. Em outras palavras, o custo adicional reduzirá a competitividade do produto no mercado americano.
Além disso, o Brasil corre o risco de perder espaço para outros exportadores, afetando todo o setor produtivo e a balança comercial.
Ações de empresas brasileiras caem nos EUA, volatilidade dispara
Ações de empresas brasileiras negociadas nos EUA caem forte antes da abertura dos mercados. Por exemplo, Itaú recuava 2,7%, Santander 2,4% e Petrobras 1%.
O dólar futuro disparou mais de 2% na quarta-feira, e os índices de volatilidade voltaram aos níveis de pânico registrados em abril. Em virtude de tanta incerteza, investidores buscam ativos mais seguros.