
Dólar hoje: semana começa com tensão fiscal no Brasil e nova rodada de diálogo EUA-China
O dólar hoje inicia a semana reagindo a uma série de anúncios sobre mudanças fiscais no Brasil, incluindo a taxação de investimentos e o corte de isenções. Em virtude disso, a movimentação do governo ainda gera dúvidas no mercado e tende a impactar o humor dos investidores locais.
📈 Cotação do dólar em tempo real
No exterior, por outro lado, os olhares se voltam para Londres, onde EUA e China retomam negociações comerciais após semanas de escalada nas disputas. Dessa forma, a tentativa de trégua poderá aliviar a tensão global e influenciar diretamente o apetite por risco.
Além disso, a semana também traz dados importantes sobre inflação nos EUA, que podem alterar as expectativas sobre os juros.
Em suma, acompanhe os tópicos a seguir e entenda o que movimenta o dólar hoje.
Qual é o valor do dólar hoje?
O dólar comercial abriu esta segunda-feira (09) cotado a R$5,5594.
Na última sexta-feira (06), o dólar comercial fechou o pregão com queda de 0,5%, valendo R$5,5594, após ter começado o dia cotado a R$5,5890.
Agenda de hoje – segunda, 09 de junho de 2025
Exterior
- 00h00 – China – Balança Comercial (USD) (mai)
- 06h00 – Zona do Euro – Discurso de Elderson, do BCE
Brasil
- 08h00 – FGV: Índice de preços ao consumidor (semanal)
- 08h25 – Bacen: Boletim Focus (semanal)
- 15h00 – Secex: Balança comercial (semanal)
Desempenho das moedas na sessão anterior
Na última sexta (06), o dólar comercial (compra) fechou com queda de 0,3%, cotado a R$5,5700, após ter começado o dia cotado a R$5,5940.
Mudanças fiscais no Brasil impactam clima econômico
A princípio, Fernando Haddad ainda não detalhou o pacote de medidas fiscais, mas já se sabem algumas informações. Com o propósito de aumentar a arrecadação e equilibrar as contas públicas, novas propostas foram apresentadas.
Por exemplo, LCIs e LCAs, antes isentas, passarão a pagar 5% de imposto de renda. Como resultado, a decisão pode reduzir a atratividade desses títulos e afetar o fluxo de capitais.
Além disso, as bets terão aumento na alíquota da GGR, de 12% para 18%, e as fintechs serão equiparadas aos bancos em termos de CSLL. As medidas buscam corrigir distorções, no entanto, podem gerar resistência no setor.
De acordo com Haddad, as isenções tributárias somam R$800 bilhões ao ano. O plano é cortar 10% desses “gastos”, mas o percentual ainda será debatido no Congresso.
IOF sobre antecipação de recebíveis será alterado
Em primeiro lugar, o governo vai reduzir o IOF cobrado sobre o chamado risco sacado. A operação permite que lojistas antecipem o recebimento de vendas feitas no crédito.
Atualmente, a alíquota é de 3,95%, mas a parte fixa será eliminada. Em outras palavras, haverá uma “recalibragem” da parte diária, segundo Haddad, sem mais detalhes.
Por fim, a medida atende a pedidos do setor produtivo e de parlamentares. O IOF nessa operação era considerado um dos entraves à competitividade do varejo.
Empresas francesas planejam R$ 100 bilhões em investimentos
Durante o Fórum Econômico Brasil-França, Lula recebeu o anúncio de que companhias francesas devem investir R$100 bilhões no Brasil nos próximos cinco anos.
Nesse sentido, atualmente, 1.300 empresas da França operam no país, com geração de meio milhão de empregos. A Engie liderou a apresentação do plano de investimentos.
Em contrapartida, o comércio bilateral gira em torno de US$10 bilhões. A expectativa é que os novos aportes ampliem o fluxo de negócios e intensifiquem os laços diplomáticos.
EUA e China voltam a negociar em Londres
Autoridades americanas e chinesas se encontram hoje em Londres, a fim de conter a escalada nas tensões comerciais, que atingiram cadeias globais de suprimentos.
No entanto, a reunião ocorre após o breve alívio proporcionado por um acordo preliminar em Genebra, que não impediu a volta de tarifas e sanções nos últimos dias.
Assim sendo, a retomada do diálogo é vista com otimismo moderado pelos mercados, que temem um novo ciclo de incertezas e volatilidade global se o impasse persistir.
Superávit da balança comercial chinesa surpreende, mas sinaliza fraqueza interna
Em primeiro lugar, a balança comercial da China registrou um superávit de US$103,2 bilhões em maio, acima da expectativa de US$101,1 bilhões. O número também ficou acima do resultado de abril, que havia sido de US$96,2 bilhões.
Apesar disso, o crescimento das exportações desacelerou. A alta foi de 4,8% em maio, abaixo da previsão de 5% e do avanço de 8,1% observado em abril. As tarifas dos EUA pesaram sobre a demanda global.
Ainda assim, países fora dos EUA continuaram a demandar produtos chineses. E após uma trégua parcial nas tarifas em meados de maio, os embarques para os EUA também mostraram recuperação.
Por outro lado, as importações caíram 3,4% em relação a maio de 2024, pior que a queda esperada de 0,9%. Como resultado, o número acendeu alertas sobre a fraqueza da demanda interna e a confiança do consumidor chinês.