Dólar hoje

Na terça-feira (09), o dólar comercial fechou com variação de 0,04%, valendo R$5,4342, após ter começado o dia cotado a R$5,4322.

O dólar iniciou esta quarta-feira (10) cotado a R$5,4345.

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Confira a cotação do dólar em tempo real

Agenda de hoje – quarta, 10 de dezembro 2025

Exterior

  • 10h30 – EUA – Dept. do Trabalho: Índice de custo de emprego (3ºtri)
  • 11h45 – Canadá – Decisão de política monetária
  • 12h30 – EUA – Estoques de petróleo bruto (semanal)
  • 16h00 – EUA – Decisão de política monetária

Brasil

  • 09h00 – IBGE – IPCA (nov)
  • 11h30 – BC – oferta até 50 mil contratos de swap cambial (US$2,5 bilhões), em rolagem
  • 14h30 – BC – Fluxo cambial (semanal)
  • 18h30 – Copom – Decisão de política monetária

Desempenho das moedas na sessão anterior

Na terça-feira (09), o dólar fechou com variação de 0,3%, valendo R$5,4343, após ter começado o dia cotado a R$5,4201

O que influencia o dólar hoje

As decisões de juros do Copom e do Federal Reserve marcam a Super Quarta e concentram a atenção dos mercados. A coletiva de Jerome Powell ganha destaque.

O IPCA de novembro também será divulgado, mas não deve alterar a expectativa de Selic estável em 15% neste mês.

Esse conjunto de eventos orienta o humor dos investidores no Brasil e no exterior.

Kevin Hassett, cotado para a presidência do Fed quer esticar ciclo de cortes de juros

Os mercados globais operam próximos da estabilidade enquanto aguardam a decisão do Federal Reserve. O corte de 0,25 p.p. deve ocorrer com placar dividido, influenciando expectativas.

Em Wall Street, futuros de bolsas e juros dos Treasuries mostram fôlego curto, enquanto o dólar recua à espera das declarações de Powell.

A atualização das projeções econômicas tende a reduzir apostas sobre novos cortes em 2025. No entanto, Kevin Hassett, um dos nomes mais cotados para ocupar a cadeira de Powell no ano que vem, parece bastante inclinado a esticar o ciclo de cortes de juros em um eventual mandato sob sua condução.

Para o Deutsche Bank, a chance de alívio hoje é consenso, e a comunicação deve indicar dificuldade para novos cortes no início de 2026.

Trump coloca mais peso sob Jerome Powell

O presidente Donald Trump afirmou que as indicações de Biden ao Fed foram “autopen” e culpou Powell por erros de juros. Essas declarações reforçam tensões políticas sobre política monetária.

Na Europa, a prata dispara com demanda industrial e preocupações com proteção e oferta. Já as bolsas europeias andam de lado, com falas cautelosas do BCE reforçando dificuldades para novos cortes.

Na Ásia, o destaque é a forte alta das ações da Shanghai Bao Pharmaceuticals após IPO em Hong Kong.

Copom pode finalmente abrir a porta para eventual corte de juros em janeiro

O ambiente externo morno e a espera pelas decisões do Fed e do Copom podem limitar o Ibovespa. A possível aceleração do IPCA de novembro reforça cautela, ainda que com melhora anual.

Para a decisão do Banco Central, o mercado espera Selic em 15% até janeiro de 2026 e início dos cortes a partir de março de 2026. Esse horizonte ainda depende de sinais na comunicação do Copom.

Analistas avaliam que o BC pode suavizar o tom, retirando trechos rígidos sobre o ciclo de ajuste e indicando maior flexibilidade à frente.

Mas tom do comunicado ainda depende dos dados de inflação, que serão divulgados nesta quarta

A indicação central deve ser manter a estratégia considerada “adequada” até aqui. No entanto, o Copom pode adotar uma comunicação mais dependente de dados.

Essa mudança abre a janela para cortes no começo de 2026, sem estabelecer compromissos explícitos. O BC deve reforçar a postura de vigilância, mas reconhecendo avanço da desinflação.

O tom será acompanhado de perto pelos investidores, que buscam sinalização clara sobre ritmo e timing de afrouxamento monetário.

Apesar dos sinais de desaceleração da economia chinesa, minério de ferro subiu 1,8% em Dalian nesta quarta

A combinação de Super Quarta, dólar mais fraco e ajustes de Treasuries tende a manter volatilidade moderada. Ativos locais podem reagir de forma contida até o fim dos anúncios do Fed.

O mercado asiático influencia os preços de commodities, enquanto Europa apresenta sessões sem direção única. O câmbio no Brasil segue sensível ao tom da comunicação de Powell e do Copom.

O balanço final poderá orientar o comportamento do Ibovespa e dos juros futuros já nesta quarta-feira.