Na última terça-feira (22), o dólar comercial fechou em relativa estabilidade, valendo R$5,5657, após ter começado o dia cotado a R$5,5674.
O dólar iniciou esta quarta-feira (23) cotado a R$5,5657.
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📊 Confira a cotação do dólar em tempo real
Agenda de hoje – quarta, 23 de julho de 2025
Exterior
- 11h00 – EUA – Vendas de Casas Usadas (jun)
- 11h30 – EUA – Estoques de Petróleo Bruto (semanal)
Brasil
- 14h30 – Bacen: Fluxo Cambial Estrangeiro (semanal)
Desempenho das moedas na sessão anterior
Na última terça (22), o dólar comercial (compra) fechou em estabilidade, cotado a R$5,5670, após ter começado o dia cotado a R$5,5700.
O que influencia o dólar hoje?
A quarta-feira começa com o dólar oscilando levemente, em meio à trégua comercial entre Estados Unidos e Japão, que animou os mercados globais.
O novo pacto prevê tarifas mais suaves e, como resultado, impulsionou os índices futuros em Wall Street, aliviando parte da aversão ao risco que vinha pressionando moedas emergentes.
Além disso, a agenda de hoje ainda inclui expectativas em torno da próxima decisão do Fed e as reações do mercado ao impacto de tarifas sobre produtos brasileiros.
Quer entender como esses fatores afetam o dólar hoje? Em resumo, continue a leitura e veja os principais destaques.
Bolsas americanas sobem após pacto com o Japão
Os índices futuros dos EUA operam em alta na manhã desta quarta-feira, impulsionados pelo anúncio de um novo acordo comercial com o Japão.
O pacto prevê tarifas mais brandas do que as inicialmente propostas por Trump, o que trouxe alívio ao mercado e, por conseguinte, ajudou o apetite por risco global.
Dow Jones e S&P 500 futuros sobem 0,3%, enquanto o Nasdaq avança 0,1%. Na véspera, o desempenho foi misto, com investidores avaliando balanços corporativos.
Por outro lado, as ações da GM caíram após um prejuízo bilionário relacionado às tarifas, mostrando que os efeitos comerciais seguem no radar.
Trump confirma tarifa de 15% sobre produtos japoneses
O presidente Donald Trump anunciou um novo pacto com o Japão, que inclui tarifas de 15% sobre produtos do país asiático — abaixo dos 25% inicialmente cogitados.
Em virtude desse acordo, Trump afirmou que o Japão investirá US$550 bilhões nos EUA, prometendo que 90% dos lucros permanecerão no país.
Além disso, o acordo inclui abertura do mercado japonês a produtos americanos e tarifas recíprocas, o que agrada parcialmente aos dois lados.
Apesar de Tóquio ter pedido isenção total, o desfecho é visto como positivo diante do risco de confronto mais agressivo.
Ouro recua, mas ainda perto das máximas
O ouro opera em leve queda nesta manhã, após altas recentes motivadas pela busca por proteção diante da política tarifária americana.
Com o alívio no front comercial entre EUA e Japão, investidores aumentam sua tolerância ao risco, reduzindo momentaneamente a demanda pelo metal.
No entanto, mesmo com a correção, o ouro segue a menos de US$100 do recorde histórico, sustentado pela incerteza em torno do Fed e do câmbio.
A fim de entender esse movimento, é importante destacar que a proximidade da próxima decisão de juros nos EUA mantém os mercados em compasso de espera.
Agronegócio brasileiro sob ameaça com tarifa dos EUA
Os EUA anunciaram tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, o que pode gerar perdas bilionárias ao setor agropecuário nacional.
De acordo com estudo do CEPEA, estima-se impacto de até US$5,8 bilhões caso a medida entre em vigor em 1º de agosto, afetando café, suco de laranja, frutas e carne bovina.
Como exemplo, a exportação de carne, que vinha em alta, já caiu 80% entre abril e julho. Sem dúvida, o suco de laranja, já pressionado por tarifas fixas, deve ser o mais prejudicado.
Embora haja alternativas de redirecionamento, o Brasil perde competitividade em um dos seus principais mercados.