
Na segunda-feira (15), o dólar comercial fechou com variação de -0,8%, valendo R$5,4148, após ter começado o dia cotado a R$5,4187.
O dólar iniciou esta terça-feira (16) cotado a R$5,4150.
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Confira a cotação do dólar em tempo real
Agenda de hoje – terça, 16 de dezembro 2025
Exterior
- 06h00 – Zona do Euro – PMI industrial (dez)
- 07h00 – Zona do Euro – Balança comercial (dez)
- 10h30 – EUA – Payroll (nov)
- 10h45 – EUA – PMI industrial (dez)
- 20h50 – Japão – Balança comercial (nov)
Brasil
- 08h00 – Banco Central – Ata do Copom
- 17h30 – CFTC – Posições líquidas de especuladores
Desempenho das moedas na sessão anterior
Na segunda-feira (15), o dólar fechou com variação de -0,8%, valendo R$5,4038, após ter começado o dia cotado a R$5,4680
O que influencia o dólar hoje
O dólar reage ao ambiente doméstico de desaceleração econômica, reforçado pela queda do IBC-Br em outubro. O dado aumenta a percepção de perda de tração da atividade no fim do ano.
Ao mesmo tempo, o mercado manteve a projeção de câmbio em R$ 5,40 para o fim de 2025, indicando estabilidade nas expectativas. A leitura sugere cautela, mas sem deterioração adicional do cenário.
A manutenção da Selic em 15% pelo BC reforça o viés conservador da política monetária.
Crédito rural e atividade econômica entram no radar
A concessão de crédito rural caiu 16% no primeiro semestre de 2025, refletindo inadimplência mais alta e critérios ambientais mais rígidos. O recuo limita a capacidade de investimento no agronegócio.
Apesar da queda no volume financeiro, houve aumento no número de contratos, com valores médios menores. O movimento indica maior pulverização do crédito, mas menor robustez financeira.
A desaceleração do crédito e da atividade tende a pressionar expectativas de crescimento. Esse quadro pode afetar os fluxos para ativos domésticos e o câmbio.
Inflação controlada mantém BC cauteloso
O mercado reduziu a projeção do IPCA para 4,36% em 2025, permanecendo dentro do teto da meta do Banco Central. A revisão reforça o cenário de desinflação gradual.
Mesmo assim, o BC manteve a Selic em 15% pela quarta vez consecutiva, citando cautela. A autoridade segue priorizando ancoragem das expectativas.
Para o câmbio, o juro elevado continua funcionando como amortecedor. No entanto, o enfraquecimento da atividade limita ganhos do real.
Petrobras e setor corporativo no foco
A greve dos trabalhadores da Petrobras não afetou a produção de petróleo e derivados, segundo a companhia. A empresa acionou planos de contingência e garantiu o abastecimento.
A sinalização reduz riscos imediatos sobre oferta e preços de combustíveis. O impacto sobre ativos brasileiros e o câmbio permanece limitado.
No entanto, o ruído trabalhista segue no radar dos investidores. O mercado monitora potenciais desdobramentos sobre governança e custos.
Acordo Mercosul-UE gera preocupação diplomática
O Itamaraty avaliou como preocupantes as salvaguardas aprovadas pelo Parlamento Europeu. As medidas podem limitar as exportações agrícolas do Mercosul.
As regras permitem a suspensão de tarifas e abertura de investigações, resultado de pressões políticas internas na Europa. A França lidera a resistência.
Apesar disso, diplomatas brasileiros ainda demonstram otimismo quanto à assinatura do acordo. O desfecho é aguardado com cautela.
Wall Street reage à expectativa sobre o Fed
As bolsas americanas subiram com destaque para ações de tecnologia como Tesla e Nvidia. O movimento reflete maior apetite por risco no curto prazo.
Os investidores acompanham de perto a definição do próximo chair do Federal Reserve. A disputa ficou restrita a dois nomes.
A expectativa de um perfil mais dovish reforçou apostas em cortes de juros já no próximo ano. Isso influencia o comportamento dos rendimentos e do dólar.