
O dólar opera em queda frente ao real nesta quarta-feira (3), acompanhando o movimento de desvalorização da moeda norte-americana no exterior em meio à expectativa crescente de que o Federal Reserve poderá adotar uma postura mais branda (dovish) já na próxima reunião.
Às 9h10, o dólar à vista recuava 0,19%, cotado a R$ 5,320 na venda. No mercado futuro, o contrato para janeiro — o mais negociado — caía 0,27%, para R$ 5,348 na B3.
A queda ocorre em um ambiente de maior apetite por risco, alimentado por declarações recentes de autoridades do Fed e pela expectativa de que o próximo presidente do banco central norte-americano tenha perfil menos restritivo.
Mercado vê chance elevada de corte em dezembro
Segundo o material oficial, investidores ampliaram as apostas em uma redução de 0,25 ponto percentual na taxa de juros dos EUA após falas do governador do Fed, Christopher Waller, que afirmou que o mercado de trabalho desacelerou o suficiente para justificar um novo corte em dezembro.
Além disso, Kevin Hassett, conselheiro econômico da Casa Branca, aparece como favorito para assumir a presidência do Fed. O presidente dos EUA, Donald Trump, disse que anunciará o sucessor de Jerome Powell no início de 2026.
Os mercados já precificam 87% de probabilidade de um corte na próxima reunião, de acordo com a ferramenta FedWatch do CME Group.
Atuação do Banco Central brasileiro
Às 11h30, o Banco Central do Brasil realizou leilão de 50.000 contratos de swap cambial para rolagem do vencimento de 2 de janeiro, seguindo o cronograma de intervenções para suavizar movimentos bruscos no câmbio.
Cotações do dólar hoje
Dólar comercial:
- Compra: R$ 5,320
- Venda: R$ 5,320
Dólar turismo:
- Compra: R$ 5,377
- Venda: R$ 5,557****
Cenário global favorece moedas emergentes
A combinação de expectativas sobre juros mais baixos nos EUA, projeções de menor crescimento da economia norte-americana e maior fluxo para mercados emergentes ajuda a pressionar o dólar.
Investidores devem acompanhar novos indicadores econômicos ao longo da semana, que podem reforçar — ou enfraquecer — o cenário de corte de juros já em dezembro.