Sexta-feira (26)

Dólar hoje: PCE dos EUA, novas tarifas e cenário do Banco Central no radar dos mercados

Na quinta-feira (25), o dólar comercial fechou com variação de 0,6%, valendo R$5,3639, após ter começado o dia cotado a R$5,3327.

Pilha de notas de 100 dólares americanos empilhadas, destacando riqueza e finanças.
"Notas de 100 dólares empilhadas, símbolo de capital, investimentos e poder econômico."

Na quinta-feira (25), o dólar comercial fechou com variação de 0,6%, valendo R$5,3639, após ter começado o dia cotado a R$5,3327.

O dólar iniciou esta sexta-feira (26) cotado a R$5,3639.

Acompanhe nossa análise diária.

Confira a cotação do dólar em tempo real

Agenda de hoje – sexta, 26 de setembro de 2025

Exterior

  • 06h30 – Zona do Euro – Discurso de Christine Lagarde, Presidente do BCE
  • 09h30 – EUA – Índice de Preços PCE (ago)
  • 11h00 – EUA – Expectativas de Inflação Michigan (set)

Brasil

  • 08h30 – Bacen: Transações Correntes (USD) (ago)
  • 08h30 – Bacen: Investimento Estrangeiro Direto (USD) (ago)

Desempenho das moedas na sessão anterior

Na quinta (25), o dólar comercial (compra) fechou com variação de 0,7%, cotado a R$5,3630, após ter começado o dia cotado a R$5,3230.

O que influencia o dólar hoje?

O dólar hoje reage a uma agenda carregada de eventos que movimentam os mercados globais. Entre eles, a divulgação do PCE nos EUA, novas tarifas comerciais anunciadas por Trump e as falas do Banco Central brasileiro.

Enquanto isso, investidores avaliam o comportamento dos futuros em Nova York e a reação de setores como tecnologia e farmacêuticas, pressionados por medidas comerciais e incertezas regulatórias.

Nos próximos tópicos, você confere como cada um desses fatores pode impactar o câmbio e a economia nos próximos dias.

Futuros em alta antes do PCE e das tarifas

Os contratos futuros de ações em Nova York operavam no azul nesta manhã, com investidores aguardando o índice PCE e digerindo o novo pacote tarifário de Trump.

Às 7h02, Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq 100 subiam até 0,2%. Ontem, os índices caíram após dados fortes, como a revisão para cima do PIB do 2º trimestre e queda nos pedidos de seguro-desemprego.

Esses números reduziram as apostas de cortes agressivos de juros pelo Fed, levando os yields dos Treasuries de curto prazo a subir.

Expectativa pelo índice PCE

O foco dos mercados está no núcleo do PCE de agosto, indicador preferido do Fed para medir pressões inflacionárias. A projeção é de alta de 0,2% no mês, mantendo 2,9% no acumulado de 12 meses.

O Fed vem reforçando a necessidade de calibrar a política monetária para equilibrar riscos inflacionários com sinais de desaceleração do mercado de trabalho.

Segundo a CME, o mercado precifica 88% de chance de corte de 25 pontos-base em outubro e 62% de probabilidade de novo ajuste em dezembro.

Tarifas afetam farmacêuticas globais

Trump anunciou tarifas de 100% sobre medicamentos de marca e patenteados a partir de 1º de outubro, pressionando ações de farmacêuticas na Europa e Ásia.

Novartis, Roche, Novo Nordisk e AstraZeneca caíram na Europa. Na Ásia, Samsung Biologics, SK Biopharmaceuticals e Sumitomo Pharma foram as mais afetadas.

O pacote também inclui tarifas sobre caminhões pesados, móveis estofados e armários de cozinha, com justificativa de proteção à indústria e segurança nacional.

Tecnologia sente impacto das novas medidas

A Casa Branca avalia exigir que empresas de tecnologia dos EUA equiparem a produção doméstica de chips às importações, sob risco de tarifas adicionais.

As ações da ASML, ASM International e Infineon caíram na Europa, enquanto na Ásia TSMC recuou 2%, Samsung Electronics caiu 3,3% e SK Hynix perdeu 5,6%.

O setor teme queda na demanda global por semicondutores caso a medida avance.

Banco Central mantém tom cauteloso

No Brasil, o presidente do BC, Gabriel Galípolo, e o diretor Diogo Abry Guillen destacaram que o cenário internacional segue incerto, com inflação resistente e políticas monetárias divergentes.

A atividade doméstica mostra sinais de moderação, mas o mercado de trabalho segue aquecido, com desemprego baixo e rotatividade alta.

O IPCA permanece acima da meta, reforçando a necessidade de juros elevados e postura prudente na condução da política monetária.